Sequestradores pediram resgate de R$ 40 mil à mulher da vítima, mas motorista conseguiu deixar cativeiro antes do pagamento do valor. Polícia prendeu seis pessoas em flagrante. Mensagens recebidas pela esposa da vítima do sequestro
Polícia Civil/Divulgação
Um caminhoneiro de 28 anos, morador de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi resgatado após ficar cerca de 11 horas sequestrado em São Paulo. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o homem foi vítima do golpe do falso frete, sendo “contratado” pelos criminosos por meio de um aplicativo.
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A localização do caminhoneiro só foi possível porque a esposa do homem procurou a polícia após receber ameaças e um pedido de R$ 40 mil para o resgate, segundo a Polícia Civil. Além disso, uma foto do motorista deitado no chão e com as mãos amarradas também foi enviada à mulher.
“Vc tá brincando com a vida dele mesmo né”, escreveram os sequestradores.
O caso ocorreu na sexta-feira (11). O homem conseguiu fugir do cativeiro. A Polícia Civil de SP encontrou os sequestradores. Ao todo, seis pessoas foram presas em flagrante por extorsão mediante sequestro. O resgate não chegou a ser pago.
Conforme a polícia do RS, a esposa do caminhoneiro foi até SP no sábado (12) para reencontrar o marido. Eles já estariam voltando para Novo Hamburgo.
Falso frete
Conforme a Polícia Civil do RS, o caminhoneiro estava em São Paulo e se preparava para voltar ao Rio Grande do Sul quando recebeu uma oferta de frete por um aplicativo. O homem foi até o local combinado, por volta das 13h de sexta-feira, quando foi rendido e sequestrado.
“No retorno ao Rio Grande do Sul, através de um aplicativo, ele identificou uma pessoa demandando um frete. Ele se ofereceu para fazer esse frete, foi ao encontro desse local e foi sequestrado”, disse o delegado João Paulo de Abreu, da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos (DR) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) do RS.
A partir de então, a esposa do caminhoneiro começou a receber as mensagens cobrando pelo resgate. A 1ª DR/DEIC identificou que os contatos da extorsão à mulher do caminhoneiro partiam de São Paulo e acionou a polícia paulista.
“O caso chega ao nosso conhecimento na tarde da sexta, porque a esposa da vítima compareceu no plantão policial de Novo Hamburgo dando conta de que ela estaria recebendo pedidos de resgate. O valor de R$ 40 mil deveria ser pago a título de resgate”, explicou o delegado.
Após cerca de 11 horas no cativeiro, por volta de 0h30 de sábado, o homem conseguiu deixar o local, na Vila Nova Jaraguá.
“Ele mesmo acabou fugindo do local. A vítima procurou o auxílio da Guarda Civil Municipal”, afirmou Abreu.
Enquanto isso, equipes da Divisão Antissequestro e do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de SP foram atrás do cativeiro, onde encontraram seis suspeitos do crime. Todos eles foram presos em flagrante.
Silêncio de empresa
Durante as buscas, os investigadores procuraram detalhes sobre o aplicativo por onde foi feito o falso pedido de frete. No entanto, segundo o delegado João Paulo de Abreu, a empresa não forneceu nenhuma informação.
“Seria muito salutar que essa empresa de aplicativo colaborasse com as forças policiais”, disse o titular da 1ªDR/DEIC.
O g1 entrou em contato com a empresa, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta reportagem.
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