Campanha democrata prepara eventos em estados decisivos para marcar o aniversário da Previdência Social. Nas últimas eleições, Donald Trump foi o mais votado entre idosos. Kamala Harris durante campanha em Las Vegas, em 10 de agosto de 2024
REUTERS/Kevin Mohatt
De danças de swing a sorvetes sociais, a campanha de Kamala Harris marcará o 89º aniversário da Previdência Social nesta semana com eventos voltados para os norte-americanos mais velhos, que geralmente apoiam os republicanos.
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Eventos estão planejados em Arizona, Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte e outros estados cruciais. Também haverá uma comemoração virtual com apresentações de vários artistas, como Cathy Richardson, vocalista da banda Jefferson Starship; Jay Siegel conhecido pelo sucesso “The Lion Sleeps Tonight”; e Peggy March, famosa por “I Will Follow Him”.
Num país onde o voto não é obrigatório, os eleitores com 65 anos ou mais votam em proporções maiores do que qualquer outro grupo. Eles representam quase 10 milhões de eleitores nos estados de Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte, Georgia, Arizona e Nevada, e quase 17% da população dos EUA.
No geral eleitores idosos apoiaram Donald Trump por uma margem de 7 pontos percentuais, em 2016, e 5 pontos, em 2020.
Kamala, que na semana passada se tornou a candidata oficial do Partido Democrata, está à frente de Trump por 4 pontos percentuais em pesquisas de opinião com eleitores da Pensilvânia, Wisconsin e Michigan. Os levantamentos foram realizados pelo New York Times e pelo Siena College.
As mesmas pesquisas mostraram Kamala à frente de Trump no confronto direto, por 55% a 42%, entre os eleitores com 65 anos ou mais naqueles estados.
Após Joe Biden se afastar da eleição devido a preocupações com a idade dele, a campanha de Kamala sugeriu que a idade de Trump também poderia ser um problema. Kamala tem 59 anos.
“Trump é agora o homem mais velho da disputa, com 78 anos, e ele próprio tem alguns problemas cognitivos, então o jogo está completamente invertido”, disse o ex-presidente do Comitê Nacional Democrata Howard Dean.
Na semana passada, Trump defendeu a eliminação dos impostos sobre os benefícios da Previdência Social para idosos. Cerca de 40% dos norte-americanos que recebem esses benefícios pagam imposto de renda federal.
Por outro lado, o corte proposto por Trump poderia acelerar o risco de insolvência do plano de benefícios para idosos. A revogação poderia aumentar o déficit orçamentário de US$ 1,6 trilhão a US$ 1,8 trilhão até 2035, de acordo com o Comitê por um Orçamento Federal Responsável.
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