Ideia, segundo assessores, é expor suposta ligações da cúpula do partido do candidato com o crime organizado, como o PCC. Os candidatos à Prefeitura de SP Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).
Montagem/g1/Divulgação/Werther Santana/Estadão Conteúdo
A campanha do prefeito de São Paulo e candidato a reeleição, Ricardo Nunes (MDB) aposta em uma ofensiva contra o candidato do PRTB, Pablo Marçal. Segundo apurou o blog, a expectativa da campanha é de que, em 30 dias com maior tempo na TV e no Rádio, Nunes consiga expor a eleitores informações que possam desidratar o adversário.
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Em inserção de rádio que começou na última sexta-feira (30), a campanha de Nunes já colocou no ar uma peça com intuito de vincular a figura de Pablo Marçal ao PCC. O tom na TV, segundo apurou o blog, deve ser o mesmo. Fontes da campanha afirmaram ao blog que o objetivo é ”informar” ao eleitor quem é o candidato adversário.
Questionado na GloboNews sobre acusações ao presidente do seu partido de envolvimento com a O grupo criminoso e o que tem feito para “limpar” a legenda, Marçal já afirmou que não é presidente nem dono do partido, que entrou no partido “de última hora” e que todos têm direito à ampla defesa. “Tenho que partir disso, não vou condenar o cara [Leonardo Avalanche, presidente do PRTB]” e “não sou polícia”, ressaltou.
📌 Contexto: Avalanche foi flagrado em conversas com um membro da legenda dizendo ter ligações com o PCC e responde uma ação na Justiça Eleitoral, na qual é acusado de coação, ameaça de morte, fraude e suborno. O processo, com os depoimentos e as cópias de conversas no aplicativo de mensagens, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 19 de julho e corre sob sigilo.
“É constrangedor falarem que o partido é do PCC. Não tenho ligação nenhuma, zero”, afirmou Marçal. O candidato disse ainda que gostaria que acusados sejam afastados se forem culpados. “Se o partido fosse meu, estavam afastados até a apuração.”
O candidato do PRTB negou que Avalanche ou indicados do partido façam parte de seu governo, caso se eleja em outubro: “Nas minhas empresas não trabalha parente, nem competente. Não quero ninguém assim, vou atrás de gente competente”, completou.
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