Metrópole soma, neste ano, 21,5 mil casos da doença. Cidade está em estado de emergência por conta da infecção. Óbito aconteceu em 3 de março. O Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, visto através de microscópio eletrônico na Fiocruz Pernambuco, no Recife.
AP Photo/Felipe Dana
A Prefeitura de Campinas (SP) confirmou, na manhã desta segunda-feira (18), mais uma morte por dengue na metrópole neste ano. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), a vítima é um homem de 72 anos, morador da área do Centro de Saúde União dos Bairros.
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O idoso foi atendido na rede pública de saúde, apresentou os primeiros sintomas em 27 de fevereiro e o óbito ocorreu em 3 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2 da dengue.
A metrópole soma, em 2024, 21,5 mil casos da doença e quatro óbitos, de acordo com o painel de arboviroses do governo municipal, que é atualizado diariamente. A cidade está em estado de emergência por conta da infecção desde o dia 7 de março. A transmissão está em todas as regiões do município.
As outras vítimas por dengue em Campinas são:
Homem, 94 anos, atendido na rede privada e morador da região de abrangência do Centro de Saúde Integração. Ele apresentou sintomas em 10 de fevereiro e o óbito ocorreu em 15 de fevereiro. O sorotipo não foi identificado no exame.
Mulher, 86 anos, atendida na rede privada e moradora da região de abrangência do Centro de Saúde DIC III. Ela apresentou sintomas em 11 de fevereiro e o óbito foi em 15 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
Mulher , 94 anos, moradora do Jardim Eulina, região da cidade com maior incidência de casos da doença. A vítima iniciou sintomas em 30 de janeiro e foi atendida na rede privada, sendo que veio a óbito no dia 12 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
O número de casos de dengue em Campinas neste ano já é o quarto maior da série histórica. A projeção, de acordo com o Devisa, é que os casos cheguem à marca de 100 mil.
Com isso, os números podem ultrapassar a maior epidemia de dengue da história, registrada em 2015, quando o a metrópole chegou a 65.754 casos e 22 mortes. A vigilância ainda informou que, pela primeira vez na história, a cidade registra a circulação simultânea de três sorotipos de dengue: 1, 2 e 3.
🔻 Ações
A Secretaria de Saúde de Campinas informou que desde dezembro de 2023 já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais.
🏠 Visitas a imóveis: segundo a pasta, neste ano já foram visitados 24,5 mil imóveis em quatro mutirões, que buscam orientar a população e eliminar criadouros do Aedes aegypti, transmissor da doença.
📑 Ações multisetoriais: no fim de 2023, a administração municipal anunciou a criação de uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um site para divulgar informações. A cidade também passou a usar drones para identificar grandes criadouros em imóveis fechados ou abandonados.
✋ Mutirões: as ações começaram em 6 de janeiro, nas regiões com mais casos suspeitos e confirmados, e a programação com esta frequência está mantida pelo menos até o início de abril.
🔻Quando procurar atendimento?
Diante do aumento de casos na metrópole, a Secretaria de Saúde mudou o protocolo de atendimento de pacientes com sintomas. A orientação é que os moradores procurem um centro de saúde assim que apresentarem febre.
Antes, a recomendação da prefeitura era que os moradores procurassem atendimento médico quando o paciente apresentasse febre e mais dois sintomas associados, como dor de cabeça, dor no corpo, náusea, vômito, manchas no corpo, dor articular e dor atrás dos olhos.
🔻Orientações à população
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.
🚨 Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
🏥 A orientação da Secretaria de Saúde para pacientes com sintomas da dengue é a busca pelos centros de saúde. Os endereços e horários de atendimento estão disponíveis no site da pasta.
Veja algumas das medidas de prevenção:
Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa
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