17 de novembro de 2024

Candidato a prefeito de Guarapari diz que autismo é ‘fatalidade’ e depois pede desculpas

Na declaração, feita para uma TV local nesta quarta-feira (21), o político disse ainda que o cuidado com autistas estaria adoecendo os professores da rede municipal. Candidato à Prefeitura de Guarapari, Espírito Santo, e deputado estadual Zé Preto (PP)
Divulgação
O candidato à Prefeitura de Guarapari Zé Preto (PP) divulgou uma carta aberta pedindo desculpas após usar a palavra “fatalidade” ao se referir ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na declaração, feita durante entrevista à TV Guarapari nesta quarta-feira (21), o político disse ainda que o cuidado com autistas estaria adoecendo os professores da rede municipal.
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“Eu visito muita escola. É negativo o que eu vou falar: o autismo é uma das fatalidades que mais crescem no nosso município. Nós vemos um professor cuidando de quatro, cinco. Isso não é valorizar o professor. A gente vê professores pegando atestado, ficando doentes, por cuidar de pessoas com esse grau desse autismo que a gente convive em Guarapari”, disse, na ocasião, citando também a necessidade de cuidados neuropediátricos para as crianças.
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O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a forma como o indivíduo se relaciona com o mundo ao seu redor. Caracteriza-se por dificuldades na comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos.
O diagnóstico do autismo é realizado por uma equipe multidisciplinar, composto por médicos, psicólogos, neuropsicólogos e profissionais da área da saúde. O laudo final é realizado pelo médico neuropediatra ou psiquiatra infantil.
Zé Preto também é deputado estadual. No pedido público de desculpas, ele falou que usou uma palavra equivocada:
“A palavra foi utilizada no momento em que defendia melhores condições de trabalho para nossos profissionais de educação. Foi no momento em que defendi capacitação, melhor remuneração e aumento da equipe pedagógica especializada no atendimento a alunos atípicos”.
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O político afirmou que tem dois assessores que são pais atípicos e que sua dedicação o motiva a “trabalhar, com uma equipe técnica, para oferecer soluções que nossa cidade não possui”.
Ainda segundo ele, seu mandato como deputado estadual destinou, neste ano, R$ 1,3 milhão em emendas parlamentares para instituições como a Apae e a Pestalozzi.
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