23 de setembro de 2024

Candidatos do concurso da PM voltam a denunciar uso de celular durante a prova; exame anterior foi cancelado pelo mesmo motivo

Em nota, a Fundação Getúlio Vargas informou que a aplicação da avaliação foi bem sucessiva e aconteceu de forma tranquila. Em relação as imagens feitas no Ciep Carlos Chagas, em Duque de Caxias, a FGV disse que os alunos que fizeram as imagens foram identificados e serão eliminados. Candidatos do concurso da PM voltam a denunciar uso de celular durante a prova; exame anterior foi cancelado pelo mesmo motivo
A prova do concurso da Polícia Militar é alvo de denúncias de fraude mais uma vez. Nas redes sociais estão circulando vídeos que mostram uma confusão em um dos locais da avaliação, em Duque de Caxias. Só que era proibido usar celular durante a avaliação. O certame do ano passado já havia sido anulado pelo mesmo motivo.
A nova avaliação do concurso, para soldado da corporação, aconteceu no último domingo (7).
Ao todo, 117 mil candidatos fizeram a prova em 184 locais do Rio, Niterói, Nova Iguaçu e Duque de Caxias, para 2 mil vagas.
Confusão em Caxias
No Ciep Carlos Chagas, em Duque de Caxias, 216 candidatos tentaram fazer a avaliação. No entanto, aos 40 minutos de prova, a coordenação precisou suspender o concurso por conta de uma troca de tiros na Comunidade do Gramacho. O incidente foi gravado por quem fazia a prova.
“Aí, ó, Colégio Carlos Chagas aí ó! Tentaram invadir o colégio. Geral fazendo a prova da PM do Rio de janeiro no dia 7 de abril. O esculacho com a gente aí, candidato. Segunda prova aí, ó.”
Ao todo, os concurseiros responderam 50 questões de:
Português (10 questões);
Matemática (10);
Noções de Direitos Humanos (10);
Noções de Direito Administrativo e Legislação Aplicada à PMERJ (10);
Noções de Direito Penal e Processo Penal (10).
O responsável pela aplicação da nova prova foi a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Suposta fraude
Agora, candidatos voltaram a reclamar sobre uma suposta fraude.
“Um concurso ele tem que ter o seu rigor, ainda mais sendo para Segurança Pública. Como é que vamos confiar no nosso colega de farda se a gente não sabe se ele entrou honestamente ou se ele entrou mediante a fraude?”, desabafa uma candidata.
Um outro candidato se diz lesado com a situação.
“Venho estudando desde o ano passado pra essa prova. Eu como candidata me sinto lesada, não é justo eu ficar disputando com pessoas que foram desonestas.”
Um terceiro concurseiro questiona a lisura da prova.
“Eu fiquei muito chateada, porque é a segunda vez que isso acontece, já estava estudando já tem cinco anos. Essa escola foi a que foi descoberta, né, será que têm outras?”
Primeira prova anulada
Em agosto de 2023, após denúncia de irregularidades, o concurso foi suspenso. No dia da prova, 20 pessoas foram presas por algum tipo de crime.
Em nota, a FGV informou que a aplicação da prova foi bem sucessiva e aconteceu de forma tranquila para os mais de 117 mil candidatos.
Em relação as imagens feitas no Ciep Carlos Chagas, a Fundação Getúlio Vargas classificou a ação como irresponsável e que os alunos que fizeram as imagens foram identificados e serão eliminados.
Ainda de acordo com o comunicado, após o tiroteio, os celulares foram lacrados, todos os procedimentos de segurança foram seguidos, e o tempo perdido foi compensado ao final da aplicação. A FGV garante que não houve vazamento de informação.
A Polícia Militar ainda não comentou o caso.

Mais Notícias