16 de novembro de 2024

Cão abandonado por garimpeiros após confronto com a PF é resgatado no AM; VÍDEO

Após o resgate, o cachorro foi adotado por uma comunidade ribeirinha nas proximidades. Cão abandonado por garimpeiros durante confronto com policiais federais é resgatado no AM
Um cão abandonado por garimpeiros durante um confronto com policiais federais na maior operação contra o garimpo ilegal em andamento no sul do Amazonas foi resgatado nesta sexta-feira (23). A Polícia Federal (PF) já destruiu mais de 300 dragas durante a operação.
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A Operação Prensa, que conta com o apoio do Ibama e da Funai, começou na terça-feira (20) e foca no Rio Madeira e seus afluentes, o Rio Aripuanã e o Rio Manicoré.
Durante a operação, agentes da Funai, PF e Ibama resgataram o cão na calha do Rio Madeira, após os criminosos o terem jogado na água na tentativa de dificultar o avanço das equipes.
Após o resgate, o cachorro foi adotado por uma comunidade ribeirinha nas proximidades.
Cão abandonado por garimpeiros durante confronto com policiais federais é resgatado no AM.
Divulgação/PF
Operação Prensa
As equipes percorrem municípios do sul do Amazonas com o objetivo de combater o garimpo ilegal na região. A operação será contínua, sem um prazo definido para conclusão, segundo a PF.
Na tarde de quarta (21), os garimpeiros reagiram a ação e atacaram policiais federais enquanto as equipes tentavam atracar suas embarcações em um porto de Humaitá.
Garimpeiros atacam agentes da PF em porto de Humaitá, no interior do Amazonas
Posteriormente, os garimpeiros tentaram invadir o prédio da Prefeitura de Humaitá, o que levou ao início de um confronto com a Polícia Militar. Cerca de 16 pessoas foram presas.
A operação prossegue, com o último balanço da PF indicando a destruição de 303 dragas utilizadas na região, a maioria delas concentrada em Humaitá. Os agentes estão usando drones e helicópteros para mapear os locais afetados.
O uso de dragas no garimpo ilegal
Dragas de garimpo ilegal destruídas em operação da PF no Amazonas
Divulgação/PF
De acordo com a Polícia Federal, as dragas removem areia do fundo do rio, que é misturada com mercúrio para extrair o ouro. Esse processo contamina as águas, resultando na morte de peixes. A população indígena e ribeirinha nas proximidades também é afetada pela contaminação e pela violência provocada pelos garimpeiros.
Segundo a PF, os garimpeiros aproveitam a estiagem, quando os níveis dos rios estão mais baixos, para facilitar a extração do ouro. Investigações também revelam que o garimpo ilegal ocorre em áreas indígenas.
“O comportamento dos garimpeiros justifica os dois eixos estratégicos da Polícia Federal no combate ao crime ambiental: a parte dissuasória e operacional, que envolve a destruição dos equipamentos, e a parte de polícia judiciária, que se dedica a investigações estruturantes para combater a lavagem de dinheiro e responsabilizar os líderes desses crimes”, afirmou o superintendente da PF no Amazonas, João Garrido.
Garimpeiros e forças de segurança entram em confronto no Amazonas depois da PF destruir dragas

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