No fim de maio, a poucas quadras de onde foi encontrada a capivara, ao menos 10 garças foram flagradas em uma rua alagada. Orientação da prefeitura é que população não interfira no deslocamento da fauna silvestre. Capivara é avistada em rua de Porto Alegre após enchentes
Carlos Brandão/Arquivo Pessoal
Uma capivara foi avistada às margens do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, na tarde de segunda-feira (3). Ruas da região central da cidade voltaram a registrar alagamentos após o Guaíba ultrapassar a cota de inundação, que é de 3,60 metros.
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Em nota, a Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre informou que algumas espécies de animais encontram alimentação na região do arroio. Conforme a pasta, há vegetação em abundância para as capivaras, ainda mais neste momento de cheias. (Veja abaixo a nota na íntegra)
No fim de maio, a poucas quadras de onde foi encontrada a capivara, ao menos 10 garças foram flagradas em uma rua alagada. Outras espécies, como socó, martim pescador, quero-quero e bem-te-vi também são comuns.
Com a cheia, eles se deslocaram para avenidas, como a Praia de Belas. Com a água baixando e os alimentos reduzindo, eles tendem a retornar aos locais de origem.
A orientação é que a população não interfira no deslocamento da fauna silvestre. Em caso de risco à vida do animal, a equipe da prefeitura pode ser acionada pelo 156 (telefone, app e site 24 horas por dia) e também pelo telefone (51) 3289-7517, em horário comercial nos dias úteis.
Garças aparecem em avenida de Porto Alegre em meio à enchente
O nível do Guaíba está em 3,48 metros, conforme medição realizada às 7h15 desta terça-feira (4). A marca está 12 centímetros abaixo da cota de inundação na Usina do Gasômetro. A expectativa do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS é que o patamar fique abaixo do nível de alerta (3,15 metros) até o fim da semana.
A tragédia climática matou 172 pessoas, deixando 44 desaparecidas, 806 feridas e mais de 610,2 mil fora de casa. Cidades foram devastadas: 476, de um total de 497, sofreram algum tipo de dano. O estado soma bilhões de reais em prejuízos.
Porto Alegre volta a registrar alagamentos após aumento do nível do Guaíba
RBS TV/Reprodução
Nota da Prefeitura de Porto Alegre
O Arroio Dilúvio nasce no Parque Saint’Hilaire, em Viamão, onde é comum a presença de animais como a capivara. Diversas outras espécies de animais encontram alimentação na região do Dilúvio. Para as capivaras, há vegetação em abundância, ainda mais neste momento de cheias.
Ainda que a capivara esteja em área verde próxima a água, espaço que pode ser considerado seu habitat, é preciso monitorar o animal e reforçar os cuidados necessários.
A orientação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) é para que a população não interfira no deslocamento da fauna silvestre, independente das características físicas e espécie.
Em caso de risco à vida do animal, a Equipe de Fauna Silvestre pode ser acionada pelo 156 (telefone, app e site 24 horas por dia) e também pelo telefone 3289-7517 em horário comercial nos dias úteis.
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