25 de dezembro de 2024

Caprichoso abre segunda noite do 57º Festival de Parintins celebrando ‘Tradições: O Flamejar da Resistência Popular’

Tradições que dão vida ao boi Caprichoso foram exaltadas durante a apresentação do touro negro na segunda noite do 57º Festival de Parintins. Caprichoso abre segunda noite do 57º Festival de Parintins celebrando ‘Tradições: O Flamejar da Resistência Popular’.
Patrick Marques/g1 AM
“Tradições: O Flamejar da Resistência Popular” foi o tema apresentado pelo Boi Caprichoso na abertura do 57º Festival Folclórico de Parintins neste sábado (29). Tradições que dão vida ao touro negro foram exaltada durante a apresentação do touro negro na segunda noite do 57º Festival de Parintins.
O Caprichoso iniciou a noite com a lenda amazônica “O engeramento de Chico Patuá, um herói da resistência popular”. O ato narrou o fruto da memória dos remanescentes do maior levante popular brasileiro, ocorrido na região do Grão-Pará, no Período Regencial: a Cabanagem.
O engeramento contou com a rainha do folclore Cleise Simas que chegou para evoluir na arena trazida em um módulo aéreo.
Cleise Simas, rainha do folclore do Boi Caprichoso no Festival de Parintins.
Daniel Landazuri/g1 AM
Minutos antes, vinda do alto em um módulo aéreo, a cunhã-poranga do Caprichoso, Marciele Albuquerque, agitou a galera azulada ao se apresentar no Bumbódromo, montar em uma onça pintada e se transformar em um gavião.
Cunhã-poranga do Boi Caprichoso encanta torcedores na segunda noite do Festival Folclórico de Parintins 2024
Daniel Landazuri/g1 AM
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A primeira alegoria apresentada pelo Caprichoso exaltou o “Pescador da Amazônia” como figura típica regional, um dos 21 itens avaliados na disputa entre os bois. A obra dos artistas Márcio Gonçalves e Marlúcio Pereira levou para se apresentar na arena a porta-estandarte Marcela Marialva, seguida da sinhazinha Valentina Cid.
Primeira alegoria apresentada pelo Caprichoso exaltou o “Pescador da Amazônia”
Patrick Marques/g1 AM
Ao som da toada no “Capricho da Remada”, a pista do Bumbódromo foi transformada em uma grande comunidade ribeirinha, onde pescador e caboclo da Amazônia foram representados pelos brincantes, que carregavam comidas típicas da região e peixes frescos.
O pajé Erick Beltrão apresentou o ritual indígena “Rito da Transcendência Marubo” em uma grandiosa alegoria que contou efeitos especiais de água e balé aéreo, no Bumbódromo. O ato encerrou a segunda noite de apresentação do Boi Caprichoso no 57º Festival de Parintins.
Pajé Erick Beltrão apresentou o ritual indígena “Rito da Transcendência Marubo”.
Patrick Marques/g1 AM
O Festival
A histórica disputa a céu aberto entre o Boi Garantido (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul) acontece há 57 edições no Bumbódromo, em Parintins, no interior , conhecida como “Ilha da Magia”, e localizada a 369 km de Manaus.
Reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil, o Festival Folclórico de Parintins tem como local da disputa entre Caprichoso e Garantido, o Bumbódromo, com capacidade para 35 mil espectadores e recebe, todos os anos, milhares de turistas do Brasil e do mundo.
Durante o Festival, a população de Parintins, ilha com pouco mais de 120 mil habitantes, chega a receber a mesma quantidade de visitantes durante a realização a cada ano, segundo os órgãos do estado.

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