10 de outubro de 2024

Carcaças de 4 animais marinhos são encontradas na praia do Goiabal, na costa do Amapá

Segundo pesquisadores, trata-se de golfinhos. Trabalho foi realizado entre os dias 5 e 6, por meio de um projeto do Ifap e Iepa.  Ainda não é possível identificar a espécie dos animais
PCMC/Divulgação
Foram encontrados por pesquisadores, na praia do Goiabal, na costa do Amapá, quatro carcaças de animais marinhos do tipo golfinho. O trabalho faz parte do projeto Caracterização e Monitoramento de Cetáceos nas bacias Pará, Maranhão e Foz do Amazonas (PCMC) e foi realizado entre os dias 5 e 6 deste mês. 
Segundo a cientista ambiental Jéssica Melo, ainda não é possível identificar a espécie dos animais. O material coletado foi trazido para a capital para passar pelo processo de maceração da pele e estudos do crânio. 
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O que é maceração da pele? É uma condição que ocorre quando o tecido da pele fica exposto a um fluido por um longo tempo. 
Este é o oitavo monitoramento quinzenal em Calçoene com a colaboração de profissionais do Instituto Federal do Amapá (Ifap) em parceria com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa). 
A execução do Projeto é uma exigência estabelecida no processo de licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.
Para Juliana Campos, pesquisadora do Iepa, o projeto tem impacto direto nas políticas de preservação do meio ambiente, e principalmente, na questão de troca de conhecimentos.
“Ao participar deste projeto, tenho a chance de estudar esses animais incríveis em seu habitat natural, contribuindo para a construção de um conhecimento mais sólido sobre suas populações, comportamentos e ecologia. Além disso, os dados coletados durante o projeto serão cruciais para a elaboração de estratégias de conservação mais eficazes para os cetáceos”, destacou Juliana.
Projeto é uma parceria entre Ifap e Iepa
PCMC/Divulgação
“Ao identificar as principais ameaças que essas espécies enfrentam, poderemos propor medidas para mitigar seus impactos e garantir a preservação desses mamíferos marinhos para as futuras gerações”, destaca a pesquisadora.
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Fases do monitoramento 
O projeto ocorre em três etapas. Na primeira fase, os pesquisadores trabalham percorrendo as comunidades para conscientizar pescadores e moradores da área costeira do Amapá e das ilhas do Pará sobre a importância de acionar os órgãos competentes caso localizem esses animais. 
A segunda etapa envolve o monitoramento do período dos encalhes na praia do Goiabal. No local, foi encontrado em abril deste ano um filhote de baleia cachalote.  
Na terceira fase, os trabalhos consistem no atendimento por meio do ‘Disque Encalhe’, a partir do chamado, uma equipe se desloca para o local e realiza o resgate.
Entre em contato pelos números: (96) 99116-3712 e (96) 99206-3344.
Além disso, os pesquisadores repassam para a população noções básicas de primeiros socorros desses animais, caso eles estejam vivos, até a chegada das equipes. 
Para os pesquisadores, as primeiras horas após encontrar o animal são cruciais para a observação das condições que ele vivia e o porquê que ele morreu. 
No caso desses quatro animais encontrados na Praia do Goiabal, a partir das ossadas, serão traçados pelos profissionais relatórios sobre a saúde desses mamíferos, inclusive a identificação das espécies. 
Estudos sísmicos
Os pesquisadores buscam monitorar os impactos de estudo sísmico – usado para detectar poços de petróleo -. O monitoramento é parte da exigência do Ibama para exploração na Bacia Pará-Maranhão, na Margem Equatorial.
O estudo de busca de petróleo abrange a área da bacia conhecida como Pará/Maranhão, que apesar de estar localizada na costa dos dois estados, tem influência no Amapá em razão de questões geográficas. 
Até o momento, mais de oito animais foram encontrados sem vida. Entre eles, dois botos adultos, com quase 2 metros de comprimento, e um filhote.
A expectativa é uma ampliação dos estudos e monitoramento caso a exploração de petróleo seja liberada no Amapá também. 
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