29 de dezembro de 2024

Cardio-oncologia: o que você precisa saber

Por que é importante que se faça acompanhamento cardiológico durante o tratamento do câncer? Muitas vezes, se faz necessário monitorar o paciente em tratamento contra possíveis complicações cardíacas
Pixabay
Com os avanços no tratamento do câncer, houve um declínio na mortalidade relacionada com a doença e um aumento no número de sobreviventes. Sendo assim, os efeitos colaterais relacionados com o tratamento ganharam mais importância.
Algumas terapias contra o câncer podem aumentar o risco de problemas cardíacos ou circulatórios. A estas complicações chamamos de “cardiotoxicidade” ou “toxicidade cardiovascular”.
Dentre estas complicações podemos ter insuficiência cardíaca, elevação da pressão arterial, doença arterial coronária, miocardite, arritmias, eventos tromboembólicos, doenças pericárdicas e valvares.
Em alguns casos, o surgimento de uma cardiotoxicidade pode limitar o uso de terapias anticâncer eficazes. Porém, o medo de uma possível cardiotoxicidade não deve impedir o uso do melhor tratamento disponível.
Também é importante lembrar que a cardiotoxicidade não ocorre em todas as pessoas que recebem esses tratamentos. A maioria dos pacientes recebe tratamento contra o câncer sem complicações cardiovasculares.
A cardio-oncologia é uma especialidade que surgiu para permitir que os pacientes com câncer recebam o melhor tratamento possível e mantenham um coração saudável.
Portanto recomenda-se que aqueles pacientes que estão programados para receber tratamento contra o câncer sejam avaliados quanto ao risco potencial de complicações cardíacas, e sejam monitorados de perto, durante e após o tratamento, para que quaisquer efeitos colaterais possam ser minimizados.
Ana Carolina Tagliati | CRMMG 64.219 | Cardiologia e Cardio-oncologia
Solus Sabin Oncologia
Dra. Ana Carolina Tagliati
Cardiologista
CRM-MG 64.219
RQE 44437

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