9 de novembro de 2024

Casal de MT monitorou rotina de advogado morto com tiros à queima roupa e levou carro usado na execução, diz delegado


Prisão do casal foi realizada durante a segunda fase da Operação Ádvena. Além dos dois, um homem também foi preso por dirigir o carro usado no momento do crime. Cássio Bruno Barroso, de 48 anos, morto a tiros em Rio Verde, Goiás
Divulgação/GCM
Um casal de Guarantã do Norte (MT) foi preso suspeito de levar à cidade de Rio Verde, no sudoeste goiano, o carro usado na execução do advogado Cássio Bruno Barroso, morto a tiros em frente a um escritório de advocacia. O casal também monitorava a rotina da vítima, segundo o delegado Adelson Candeo.
“Esse casal esteve na cidade (de Rio Verde) durante dez dias. Chegou na cidade dia 18 de setembro e trouxe para cá o carro utilizado na execução do crime. É importante mencionar que o casal sabia que o carro seria usado na execução do crime”, disse o delegado.
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A prisão do casal foi realizada na quinta-feira (7), durante a segunda fase da Operação Ádvena. Além dele, um homem considerado pela polícia o “alvo mais sensível e mais perigoso” também foi preso, em Paranoá (DF). Segundo o delegado, ele dirigia o carro usado pelo grupo no momento do crime.
“Esse terceiro indivíduo foi preso e sabia que estava sendo investigado, trocava de telefone praticamente toda semana, assim como trocava de endereço e serviço. As equipes deslocaram de Rio Verde para Paranoá, e permaneceram por vários dias para conseguir alguma informação”, detalhou o delegado.
O g1 não localizou a defesa do casal e nem do outro homem para se manifestarem até a última atualização da reportagem.
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Ao todo, foram expedidos três mandados de prisão e onze mandados de busca e apreensão. As ordens foram cumpridas em nove cidades diferentes, nos estados de Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal.
O crime aconteceu no dia 3 de outubro, na Avenida Eurico Veloso do Carmo. A suspeita é que o crime tenha sido cometido por razões ligadas à profissão do advogado, que atuava no ramo do agronegócio.
“Não existe dúvida nenhuma que é uma ação vinculada à atividade do doutor Cássio. Ele era profissional da advocacia, tinha algumas ações, ele só advogava em uma área específica, que é nesse setor agrário, e essa morte está vinculada a uma das ações. A gente precisa apurar qual delas”, informou o delegado.
Participação do casal
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De acordo com o delegado, não há dúvidas sobre a participação do casal no crime. Eles viajaram para Rio Verde com um Fiat Uno roubado, a fim de não despertar qualquer tipo de suspeita caso fossem parados em uma eventual fiscalização.
Quando chegaram na cidade, segundo as investigações, o casal se hospedou no mesmo hotel em que estavam os outros suspeitos do crime. Lá permaneceram por dez dias e também ajudaram a monitorar a rotina do advogado.
“Auxiliaram na execução da apuração da vida do Dr. Cássio Bruno, na sua rotina, no que fazia, nos horários, dos momentos”, afirma o delegado.
A investigação teve acesso a imagens que mostram o carro usado pelos suspeitos circulando e observando o local semanas antes do crime acontecer.
Outros presos
Além do casal, o outro suspeito preso durante a segunda fase da operação teria dirigido o carro no momento do crime.
“Ele acabou desistindo de efetuar os disparos e passou para outro indivíduo, mas estava junto no momento. Ele estava dirigindo o Fiat Uno Prata no momento da execução do crime”, afirmou o delegado.
Um outro homem foi preso durante a segunda fase da operação por estar na casa do executor do crime com uma arma de fogo, da qual não tinha autorização para portar. Mas segundo o delegado, ele não tem relação com o crime e só foi preso pela posse ilegal da arma.
Quatro pessoas foram presas na primeira fase da operação: três homens e uma mulher. Dois dos homens eram pai e filho. Todos eles, segundo a polícia, continuam presos e respondem por autoria ou participação no homicídio.
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