27 de dezembro de 2024

Casal enfrenta desafios após acidente que matou duas pessoas da família e deixou jovem com graves sequelas


Após acidente na BR-101, o casal Gleicikelly e Levi morreram no local, enquanto a irmã de Gleicikelly, a engenheira civil Gleicielly, busca se recuperar de sequelas com ajuda de seu noivo, Plínio Martins. Gleici busca se recuperar de sequelas de acidente grave com ajuda do noivo
Reprodução/TV Cabo Branco
O Natal para Gleicielly Teixeira e família, em 2024, está sendo sinônimo de superação. Isso porque a engenheira civil se recuperou de um grave acidente que aconteceu na Sexta-feira da Paixão de 2024, no dia 29 de março, quando a família estava indo para o Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa, e que matou a irmã dela, Gleicikelly, e o cunhado, Levi.
Na ocasião, Gleicielly, a irmã Gleicikelly, o cunhado Levi e os pais das duas mulheres estavam indo para o Conde de carro, quando bateram em um caminhão na BR-101.
O pai, que dirigia o carro saiu ileso, a mãe não teve ferimentos grave. Já o casal, Gleicikelly e Levi, tiveram morte instantânea. A quinta pessoa, Gleicielly, foi socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
Gleicielly Teixeira ficou em estado gravíssimo no Hospital de Trauma de João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
O prognóstico da paciente não era nada favorável. O estado dela era gravíssimo e os médicos não traziam notícias muito animadoras. O noivo de Gleici, como é carinhosamente chamada pela família, Plínio Martins, ficou responsável por receber as notícias médicas e repassar para a família.
“O médico sempre falava de um quadro neurológico extremamente grave, e a mãe, o pai, ao escutar essas coisas ia afetar demais …de que ela não passaria daquele dia ou que se passasse, ficaria com sequelas irreversíveis, ficaria em cima de uma cama”.
Ao todo, foram mais de 50 dias internada no Hospital de Trauma de João Pessoa. Desse total, mais de 20 dias foram em coma, e quando Gleici foi levada para a enfermaria, alguns consideraram um ‘milagre’.
“Uma enfermeira do trauma, eu não me recordo o nome dela, mas eu lembro muito bem quando ela disse: ‘olha se tiver alguém aqui que não presenciou um milagre, um milagre é essa menina aqui que a gente está levando ela a enfermaria’. E assim para mim eu recebi com com assim alívio, né?”, conta Plínio Martins.
Gleici conseguiu sair do hospital e voltou a andar em menos de um mês. No entanto, a engenheira civil teve danos cerebrais que afetaram, entre outras funções, a fala e a memória. Assim, ela entrou em uma rotina de acompanhamento por diversos profissionais, como fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Os custos foram pagos com o dinheiro que a engenheira civil e o seu noivo estavam guardando para o casamento que seria no dia 7 de dezembro de 2024.
Para ajudar a recuperação de Gleici da melhor forma possível, Plínio Martins, que é professor de matemática, decidiu fazer um curso de radiologia. “Fui procurar algum jeito de ajudar ainda mais a minha noiva e uma das coisas era fazer um curso de radiologia, para que quando ela fosse fazer exames de imagem, eu também pudesse entender um pouco do que estava se passando para saber o que que eu poderia fazer além do que eu estava fazendo por ela”.
Gleici teve memória e fala afetadas por causa do acidente
Reprodução/TV Cabo Branco
Gleicielly Teixeira ainda tem um longo caminho de recuperação pela frente. A engenheira civil ainda não fala e não se lembra do acidente. Também não entende o motivo da ausência da irmã e cunhado. De acordo com o noivo, ela ainda vai fazer uma cirurgia no crânio e os médicos não têm uma previsão de quando ela poderá voltar a ter uma vida minimamente normal.
“O médico disse que anatomicamente ela não tem nenhuma lesão severa que comprometa de desenvolver, até que, possivelmente, chegue nos seus 100%, ou seja, como ela era antes, entendeu? Mas como é tudo muito lento, né? A gente aguarda com paciência esse dia chegar”, relata o noivo.
Plínio Martins é confiante na recuperação plena da noiva e que logo os dois poderão concretizar o que nunca deixou de ser sonho, mesmo após o acidente: o casamento.
“Ela representa muita coisa para mim, eu não vejo minha vida sem ela. Quando tudo isso passar, outro 7 dezembro virá e, se Deus quiser, vamos contemplar a cereja do bolo com o nosso casamento”, concluiu.
Casal enfrenta desafios após acidente que matou duas pessoas da família
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