9 de janeiro de 2025

Caso Daniel: Júri dos acusados de envolvimento na morte do jogador entra no segundo dia

Julgamento ocorre no Fórum de São José dos Pinhais, 5 anos depois do crime. Jogador foi encontrado morto, parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo polícia. Ponto a ponto de como será o julgamento dos acusados da morte do jogador Daniel
O júri dos acusados de envolvimento na morte do jogador Daniel Corrêa Freitas entrou no segundo dia nesta terça-feira (19).
O julgamento ocorre no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, 5 anos depois do crime.
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O jogador de 24 anos foi encontrado morto em 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo a polícia.
Na segunda-feira (18) foram ouvidas 13 testemunhas e dois réus.
Confira como foi o primeiro dia do julgamento.
A expectativa é que neste segundo dia de julgamento os outros cinco acusados sejam ouvidos e ocorra o debate entre acusação e defesa dos réus.
O primeiro ouvido na manhã desta terça foi David Willian Vollero Silva. O segundo será Ygor King.
LEIA TUDO SOBRE O CASO:
Relembre ponto a ponto o caso Daniel
Entenda como será o julgamento dos sete acusados
Quem são os acusados e por quais crimes eles respondem?
Acusados de envolvimento na morte de Daniel Correa Freitas, em 2018
Reprodução/RPC
Sete pessoas são acusadas de envolvimento no crime. Veja por quais crimes elas respondem:
Edison Brittes Júnior: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo;
Cristiana Rodrigues Brittes: homicídio qualificado (motivo torpe), fraude processual, corrupção de menor e coação do curso do processo;
Allana Emilly Brittes: coação do curso do processo, fraude processual e corrupção de menor
David Willian Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver;
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver e corrupção de menor;
Ygor King: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver;
Evellyn Brisola Perusso: fraude processual.
Confira, no infográfico abaixo, a organização dentro do tribunal:
Organização dentro do tribunal onde ocorre o julgamento dos envolvidos na morte do jogador Daniel
Matheus Cavalheiro/Artes/RPC
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Relembre o crime
Relembre o assassinato do jogador de futebol Daniel Correa Freitas
O jogador de futebol Daniel Correa Freitas, 24 anos, foi encontrado morto na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em 27 de outubro de 2018. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo a polícia.
O empresário Edison Luiz Brittes Júnior confessou em entrevista à RPC e em depoimento à polícia ter assassinado Daniel.
Família Brittes
Reprodução/Facebook
Tudo aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos da filha de Edison Brittes, Allana, na noite de 26 de outubro de 2018, na qual também estava Daniel, em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do dia seguinte na casa dos Brittes.
Edison Brittes alegou, em depoimento à polícia, que Daniel tentou estuprar a esposa dele, Cristiana Brittes, e que matou o jogador “sob forte emoção”.
Antes de ser agredido e morto, o jogador Daniel trocou mensagens e fotos com um amigo em que ele aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes.
Dois dias após o crime, Edison Brittes marcou um encontrou em um shopping de São José dos Pinhais para, segundo a denúncia, coagir testemunhas. A reunião foi registrada por câmeras de segurança.
Câmeras de shopping flagram encontro de suspeitos da morte do jogador Daniel
Reprodução/TV Globo
No inquérito concluído pela Polícia Civil, o delegado Amadeu Trevisan afirmou que não houve tentativa de estupro por parte do jogador Daniel contra Cristiana. Além disso, o delegado disse que Cristiana e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.
O delegado disse também que o jogador não teve como reagir à agressão que sofreu dentro da casa, pois Daniel estava muito embriagado. De acordo com um laudo pericial, o jogador apresentava 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue e não estava sob efeito de drogas.
Edison está preso desde 2018. Outro acusado de participação do crime, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, respondia em liberdade, quando foi preso após ser flagrado com drogas em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Os demais acusados respondem em liberdade.
Daniel Corrêa Freitas
Rubens Chiri/saopaulofc.net
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