Além da mãe e do irmão de Djidja, estão presos funcionários do salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, um homem que era personal trainer da família, além de dois funcionários de uma clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para o grupo. Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Garantido, achada morta em Manaus
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Mais de 10 dias após a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, nove pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso, até esta sexta-feira (7). Segundo a polícia, o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, criado pela família dela, promovia o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário.
Além da mãe e irmão de Djidja, estão presos funcionários do salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, o coach e ex-personal trainer da família, além de dois funcionários de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a cetamina para o grupo.
Confira abaixo quem são as nove pessoas que foram presas até o momento:
Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja Cardoso.
Cleusimar Cardoso Rodrigues, mãe de Djidja.
Verônica da Costa Seixas, gerente do salão de beleza Belle Femme.
Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro do mesmo salão.
Claudiele Santos da Silva, maquiadora do mesmo salão.
Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja
Hatus Silveira, se identificava como personal trainer de Djidja
Dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para família Cardoso
Djidja, a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão, Ademar Cardoso.
Arquivo Pessoal
Além dos nove presos, o dono da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para a família de Djidja Cardoso, José Máximo Silva de Oliveira, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Amazonas após ser notificado três vezes para prestar esclarecimentos e não comparecer.
O CNPJ de uma das unidades do salão de beleza da família tem registro de atividade veterinária. A polícia investiga se a atividade teria relação com a aquisição da cetamina, droga usada durante os rituais do grupo religioso organizado pela família Cardoso.
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Mãe e irmão de ex-sinhazinha lideravam grupo que forçava uso de droga em rituais, diz polícia
Ademar Farias Cardoso Neto
Ademar Cardoso, irmão da ex-sinhazinha achada morta em Manaus
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Irmão de Djidja, suspeito de liderar o grupo religioso denominado “Pai, Mãe, Vida”, que realizava rituais em que promoviam o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário. Ele foi preso no dia 30 de maio.
Além de tráfico de drogas e associação para o tráfico, entre os crimes dos quais Ademar é suspeito estão: aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, sequestro, cárcere privado e colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros.
Uma das vítimas de Ademar foi a ex-companheira dele, uma mulher de 27 anos, que relatou ter sido aliciada por ele para entrar no grupo religioso, e ter passado a usar a cetamina. Conforme as investigações, há indícios de que a vítima sofreu um aborto dentro da casa por causa do uso da droga.
O pai de outra ex-companheira de Ademar disse, em entrevista à Rede Amazônica, que a filha, de 27 anos, se tornou dependente química e foi salva de cárcere privado após a família procurar a polícia.
“Ela ficava anestesiada, ficava fora de si. Não sabia quem era”, disse o pai.
Cleusimar Cardoso Rodrigues
Cleusimar Cardoso Rodrigues, mãe de Djidja Cardoso.
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Mãe de Djidja e Ademar. Ela também é suspeita de liderar o grupo religioso denominado “Pai, Mãe, Vida”, que realizava rituais em que promoviam o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário, além de gravar a família sob efeito da droga. Ela foi presa no dia 30 de maio.
Verônica da Costa Seixas
Verônica da Costa Seixas, gerente do salão de beleza Belle Femme.
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Gerente do salão de beleza Belle Femme, da família de Djidja Cardoso, além de suspeita de participar do grupo religioso denominado “Pai, Mãe, Vida”. Ela também foi presa no dia 30 de maio.
Marlisson Vasconcelos Dantas
Maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas é suspeito de ser um dos envolvidos no grupo religioso que utilizava cetamina em rituais, liderado por familiares de Djidja Cardoso.
Divulgação/Polícia Civil
Cabeleireiro do salão de beleza da família e suspeito de ser um dos envolvidos no grupo religioso que utilizava cetamina em rituais chefiado por familiares de Djidja Cardoso. Ele se entregou à polícia no dia 31 de maio.
Claudiele Santos da Silva
Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão de beleza Belle Femme, foi presa junto da mãe e irmão de Djidja Cardoso, além de funcionários do estabelecimento da família.
Arquivo Pessoal
Maquiadora do salão de beleza da família e também foi presa no dia 30 de maio, junto com Ademar e Cleusimar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, e a gerente do salão, Verônica da Costa. A Justiça do Amazonas concedeu prisão domiciliar à maquiadora na quarta-feira (5) e ela deixou a prisão na quinta-feira (6).
Bruno Roberto
Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja Cardoso, presta depoimento em Manaus
Rede Amazônica
Ex-namorado de Djidja Cardoso. Na segunda-feira (3), Bruno foi ouvido pela polícia como testemunha do caso. Ele foi preso nesta sexta-feira (7), em uma nova fase da operação que investiga o caso.
Hatus Silveira
Ex-personal tranier da família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Garantido, Hatus Silveira.
Reprodução/Redes Sociais
Se identificava como personal trainer de Djidja – mas a Associação dos Profissionais de Educação Física e Atividade Motora (Apefam) afirmou que ele não tem registro para exercer a profissão. Nas redes sociais, Silveira se identifica como coach.
As equipes de investigação ouviram Hatus por duas horas como testemunha do caso na terça-feira (4). Ele disse que a ex-sinhazinha aplicou cetamina de surpresa nele durante uma visita até a casa onde ela morava.
Hautus foi preso junto com Bruno Roberto, nesta sexta-feira (7).
Funcionários da clínica veterinária
Durante a nova fase da operação que investiga o “Caso Djidja”, a polícia também prendeu dois funcionários da clínica veterinária suspeita de vender cetamina para a família Cardoso. A identidade deles não foi divulgada.
Causa da morte de Djida
Djidja, que por cinco anos foi uma das estrelas do Festival de Parintins, foi encontrada morta no último dia 28. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração.
O laudo, no entanto, não aponta o que teria levado Djidja ao quadro.
A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com uma overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.
O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.
Prima diz que Djidja usava fralda e não conseguia mais se levantar