Condenado a 39 anos de prisão por matar a ex-namorada Eloá Pimentel em 2008, Lindemberg está preso em Tremembé, no interior de São Paulo. Lindemberg Alves quer redução de pena por ter feito curso de empreendedorismo na prisão
Arquivo – Diogo Moreira/Futura Press/Agência Estado
Condenado a 39 anos de prisão por matar a ex-namorada Eloá Pimentel, Lindemberg Alves pediu à Justiça uma redução da sua pena após ter estudado e feito curso de empreendedorismo na prisão.
O caso, que teve abalou o país, aconteceu em 2008. Desde então, Lindemberg está preso na P2 de Tremembé (SP), penitenciária conhecida por receber presos envolvidos em casos de grande repercussão – relembre o crime abaixo.
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Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo
Laurene Santos/TV Vanguarda
O pedido para remição de pena foi feito no fim de fevereiro pela defesa de Lindemberg e ainda não foi avaliado pela Justiça.
O documento, ao qual o g1 teve acesso, pede redução da pena em 109 dias. São 107 dias referentes a 323 dias em que o detento trabalhou entre 2021 e 2024 na prisão – a lei prevê que presos podem reduzir um dia de pena a cada três dias trabalhados.
Além disso, Lindemberg pede a redução de mais dois dias por ter feito um curso de empreendedorismo pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em 2022, também dentro da prisão.
Procurada pelo g1, a advogada de Lindemberg, Márcia Renata, informou que “a remição por estudo e trabalho faz parte da função ressocializadora, permitindo a evolução do preso e facilitando seu retorno à sociedade”, e disse que Alves trabalha e estuda desde o início do cumprimento da pena.
Atualmente, Lindemberg cumpre pena no regime semiaberto, em que presos têm direito a saídas temporárias.
Eloá Pimentel e Lindemberg Alves namoraram por pouco mais de 2 anos. Ela tinha 15 e ele 22.
Reprodução/Arquivo pessoal
Caso Eloá
O crime aconteceu em 13 de outubro de 2008, em Santo André (SP). Na época, Lindemberg invadiu o apartamento onde morava Eloá e manteve ela, sua amiga Nayara Rodrigues e outros dois colegas de escola delas, reféns.
Eloá ficou cinco dias em cárcere privado, sob ameaças do namorado. Os outros reféns foram liberados, mas Nayara voltou ao local por orientação da polícia. No dia 17 de outubro de 2008, a polícia invadiu o local depois de escutar um ruído que seria de um tiro.
Antes da entrada da PM, o Lindemberg ainda conseguiu balear Nayara (que sobreviveu) e deu dois tiros em Eloá, que morreu.
Lindemberg foi preso em flagrante e, quatro anos depois, condenado a 98 anos de prisão. Em 2013, a pena dele foi reduzida para 39 anos.
Em 2021, o detento chegou a obter progressão ao regime semiaberto, mas o benefício foi revogado quatro meses depois. No fim de 2022, conseguiu progredir novamente ao semiaberto.
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