1 de novembro de 2024

Caso Marielle: trabalho da PF foi baseado em autonomia e responsabilidade, diz diretor-geral


Diretor-geral da PF disse ao blog que a condenação resulta de uma investigação independente e feita com responsabilidade, apesar de todas os ‘fatores dificultadores’. Marielle Franco e Anderson Gomes, executados no Rio de Janeiro
Reprodução/TV Globo
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou ao blog que a condenação dos executores de Marielle Franco e Anderson Gomes, nesta quinta-feira (31), é comprovação da independência e da robustez dos trabalhos da corporação.
🔎 O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ronnie Lessa, a 78 anos e nove de prisão; e Élcio de Queiroz, a 59 anos e oito meses de cadeia.
“O resultado do julgamento demonstra a qualidade do trabalho realizado pela Polícia Federal, baseado na autonomia investigativa, na qualidade da prova e na responsabilidade”, afirmou Andrei.
O diretor-geral também afirmou que foi difícil fazer o caso andar, quando a Polícia Federal assumiu as investigações, em razão do tempo passado desde a investigação contaminada da Polícia Civil.
“A complexidade dessa investigação, haja vista o tempo transcorrido até que a Polícia Federal assumisse o caso, e outras circunstâncias peculiares, foram fatores dificultadores. A dedicação da equipe da Superintendência do Rio de Janeiro, aliada a alta capacidade de trabalho do nosso corpo funcional, são motivo de confiança na efetividade das nossas ações”, disse.
As famílias destroçadas pela dor da perda se abraçaram emocionadas após a sentença: Marinete, mãe da Marielle Franco; Antônio, o pai; a filha Luyara; a irmã Anielle; e a viúva de Anderson Gomes.
O alívio veio depois de quase 23 horas de julgamento. Mas a espera foi muito mais longa: 6 anos, 7 meses e 17 dias entre a execução e esta quinta.
Assassinos confessos de Marielle Franco e Anderson Gomes são condenados pelo Tribunal do Júri
Mandantes estão sendo julgados no STF
Com executores condenados, resta ainda o julgamento dos supostos mandantes do crime.
O processo é público, e a fase de audiências para coletar depoimentos das testemunhas de defesa e de acusação foi concluída.
A pedido da PGR, nesta quarta (30), o ministro-relator autorizou juntada de laudos. Está correndo o prazo de 5 dias para a defesa apresentar suas diligências.
Pelo rito processual, ainda haverá a fase de alegações finais, nas quais as partes podem apresentar suas argumentações.
Somente depois de analisar tudo, o relator libera o processo para julgamento e define qual será o modelo da análise (presencial ou virtual).
Por isso, neste momento, ainda não é possível falar de uma data para que os suspeitos sejam levados a julgamento.
Famílias de Marielle e Anderson se emocionam após anúncio da condenação dos assassinos

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