21 de setembro de 2024

Caso Miguel: 2º dia de júri começa com argumentações da acusação e da defesa das rés

Previsão é que seja iniciado o debate entre defesa e acusação e, posteriormente, seja apresentada a sentença. Yasmin (à frente) e Bruna (fundo) são julgadas pela morte de Miguel em Imbé
Juliano Verardi/TJRS
Está marcado para começar às 9h, de sexta-feira (5), o segundo dia de Tribunal do Júri da mãe e da madrasta de Miguel dos Santos Rodrigues, ambas rés pela morte da criança, realizada no final de julho de 2021, em Imbé, no Litoral Norte do RS. A previsão é que seja iniciado o debate entre defesa e acusação e, posteriormente, seja apresentada a sentença. A sessão é realizada no Salão do Júri do Foro da Comarca de Tramandaí.
O g1 transmite o julgamento ao vivo.
Após a argumentação de defesa e da acusação, o conselho de sentença, formado por sete jurados sorteados, sendo cinco homens e duas mulheres, define se as rés serão inocentadas ou condenadas.
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No primeiro dia, as duas rés, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues e Bruna Nathiele Porto da Rosa, foram interrogadas.
Yasmin admitiu ter agredido o filho e dado a dose de remédio que deixou o menino desacordado no dia da morte. Questionada pela própria defesa se merecia ser condenada, a ré respondeu: “óbvio”. A mãe de Miguel chorou durante o interrogatório.
“Eu sou um monstro. Na verdade, eu sou muito monstro. Porque, se eu estou aqui hoje, é porque eu errei pra caramba. Se eu tô aqui, tá todo mundo aqui, é porque eu fui péssima como mãe, como ser humano. Mas eu jamais imaginei que que ela pudesse fazer isso”, disse.
Já Bruna admitiu participação na tortura psicológica e na ocultação do cadáver de Miguel. A madrasta também disse que acompanhou Yasmin no momento em que o corpo do menino foi lançado no Rio Tramandaí.
“Eu tenho a ver com a tortura e a ocultação, a morte não”, disse.
O júri também ouviu testemunhas do caso, como policiais militares que atenderam a ocorrência, o delegado que investigou o crime e as proprietárias dos imóveis onde as acusadas moraram.
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RBS TV/Divulgação
O crime chocou o país em 2021, quando a criança, de 7 anos, foi assassinada, segundo a acusação, porque atrapalharia o relacionamento entre a mãe, Yasmin Rodrigues, e a companheira dela à época, Bruna Nathiele Porto da Rosa.
Entenda o júri e relembre o caso
O corpo de Miguel teria sido colocado em uma mala e jogado em um rio de Imbé, na cidade onde a família morava, e nunca foi encontrado. As duas rés estão presas preventivamente desde a época do crime.
No Tribunal do Júri, elas responderão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. As qualificadoras são motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a vítima.
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Reprodução/RBS TV
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