8 de novembro de 2024

Caso Paula: suspeito de matar ex a facadas em via pública se entrega após 10 dias foragido no AC


Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, se apresentou à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) na manhã desta quarta-feira (6) em Rio Branco, com um advogado. Jairton Silveira Bezerra é o principal suspeito pela morte da ex, Paula Gomes, em Rio Branco
Reprodução/Instagram
Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, principal suspeito pelo assassinato de Paula Gomes da Costa, de 33 anos, se entregou à polícia na manhã desta quarta-feira (6) na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Rio Branco.
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Segundo informações repassadas pela Polícia Civil à equipe da Rede Amazônica Acre, ele se apresentou com um advogado e deve ser interrogado pela manhã. Paula foi morta a facadas na tarde do dia 27 de outubro em via pública em Rio Branco.
A delegada da Deam, Elenice Frez, deve dar maiores esclarecimentos posteriormente. A investigação está a cargo da Delegacia da Mulher (Deam) da capital.
Jairton, que é gerente em uma loja de tintas da capital acreana, estava foragido desde o dia do crime, ocorrido na frente da filha deles de 7 anos. Ele foi casado com Paula por 13 anos e não aceitava o fim do relacionamento. O ex-marido também já tinha agredido a vítima em outras ocasiões, o que fez com ela tivesse conseguido uma medida protetiva contra ele.
Paula Gomes da Silva tinha 33 anos e era funcionária de uma clínica odontológica
Reprodução/Instagram
Em entrevista anterior à Rede Amazônica Acre, a delegada Juliana De Angelis falou que já foram ouvidas testemunhas, feitas requisições de perícias necessárias e representações judiciais para tentar obter a prisão do suspeito e conclusão do inquérito policial.
“Medida protetiva salva vidas. Infelizmente, o caso da Paula entrou numa exceção que cerca de 90% das vítimas de feminicídio não tinham medida em vigor. Qualquer situação de violência deve ser denunciada. Nós temos, em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, delegacias especializadas para atendimento à mulher, mas no interior dos municípios temos as delegacias locais que também que são portas de entrada de registro de ocorrência e pedido de medida protetiva”, frisa.
O crime
O assassinato foi testemunhado também pelo pai do suspeito, e ocorreu quando Paula voltava da casa de uma tia, no bairro Alto Alegre, em Rio Branco. Conforme apurado pela Rede Amazônica Acre, Paula foi atacada pelas costas e levou oito facadas. Segundo o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), o foragido estava em um veículo de cor branca.
A menina, filha da vítima e do suspeito, foi levada para a casa de uma parente por uma vizinha, pouco depois do crime, e está traumatizada. Ela testemunhou o assassinato da mãe.
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De acordo com um familiar que pediu para não ser identificado, ela estava separada de Bezerra há cerca de três meses, e pediu uma medida protetiva por conta de violências que sofria dele.
Ainda segundo um parente de Paula, quando ela estava no caminho, foi abordada pelo ex, que colocou a filha deles no carro. O idoso pai de Bezerra tentou impedir, mas foi empurrado por ele. Logo depois, ele atacou Paula.
“Ele sempre batia nela, mas só agora ela decidiu pedir medida. Da última vez, ele bateu nela no local onde ela trabalha. Por enquanto, a menina não contou muita coisa, está traumatizada. Ela já tinha problema em relação a isso porque ele agredia muito a mãe dela, constantemente. Um cara desse não merece nem ser chamado de gente. Fazer uma crueldade dessa com a própria mãe da filha dele, ele nem pensou na menina, menos no pai dele”, disse.
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para denunciar casos de violência contra a mulher:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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