Celulite facial geralmente é causada por bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus, que se infiltram nas camadas subcutâneas da pele. Atacante do Vasco é afastado após apresentar quadro de celulite facial
Reprodução/X
David, atacante do Vasco, desfalcou a equipe em um jogo do Brasileirão na segunda-feira (26) e o motivo chamou a atenção dos torcedores. Segundo o clube, o jogador apresentou um quadro de celulite facial e foi afastado das atividades para tratamento.
Apesar do nome, não estamos falando da celulite estética, com aqueles buraquinhos que normalmente aparecem no bumbum e nas coxas por causa do acúmulo de gorduras. A celulite facial é um quadro de infecção.
“É um processo inflamatório agudo difuso nos tecidos subcutâneos”, explica Marcelle Nogueira, PhD em Dermatologia e médica pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo a dermatologista, a celulite facial geralmente é causada por bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus, que se infiltram nas camadas subcutâneas por possíveis portas de entrada, como infecção dentária (cáries ou periodontites), infecção em procedimentos cirúrgicos, cortes, picadas de insetos e traumas em geral. Em casos raros, acnes inflamadas também podem gerar o quadro.
Celulite fascial causou afastamento de David, atacante do Vasco
Leandro Amorim/Vasco
Independentemente do tipo de porta de entrada para a infecção, os sintomas são semelhantes: vermelhidão, inchaço e calor local (aquecimento da região) ou febre. Também pode formar uma coleção de pus que, em alguns casos, drena espontaneamente.
O tratamento típico é feito com antibióticos associados à terapia com calor, além da eliminação do foco de infecção.
“Em alguns casos, pode ser necessário tratamento cirúrgico, como drenagem do abcesso. Para os casos mais graves, a internação é necessária e inclui uso de antibiótico endovenoso e monitoramento dos sinais vitais”, completa a dermatologista.
Se não for tratada, a infecção pode progredir para um quadro de sepse, infecção generalizada e até mesmo choque séptico. “Por isso, é fundamental um bom exame clínico, muitas vezes complementado com exames laboratoriais e de imagem”, alerta Marcelle Nogueira.
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