2 de novembro de 2024

Centro de Desenvolvimento Cultural, Humano e Sustentável do povo indígena Kambeba é inaugurado no AM


Cerca de 220 indígenas do povo vivem no local e o espaço tem o intuito de manter viva a tradição dos povos originários na região. Cerca de 220 indígenas do povo vivem no local
Patrick Marques/g1 Amazonas
O Centro de Desenvolvimento Cultural, Humano e Sustentável do povo indígena Kambeba, na Amazônia, foi inaugurado nesta sexta-feira (1°), na Comunidade Três Unidos, há 60 quilômetros de Manaus. Cerca de 220 indígenas do povo vivem no local e o espaço tem o intuiro de manter viva a tradição dos povos originários na região.
📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
Com o intuito de preservar e incentivar essa tradição, a empresa NTICS, que ajuda iniciativas a se conectarem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), inaugurou o Centro de Desenvolvimento Cultural, Humano e Sustentável Kambeba na Amazônia, dentro da comunidade.
No espaço, o povo Kambeba que mora na comunidade vai poder trabalhar e desenvolver seus costumes e tradições de diferentes maneiras, segundo o tuxaua da comunidade, Waldemir Kambeba.
“A comunidade do povo Kambeba, que era uma comunidade que, aliás, era uma cultura que estava se esquecendo e que hoje está fortalecida com mais um centro cultural. Vai acabar de fortalecer muito mais, garantir o fortalecimento de toda a nossa cultura, manter esse território em forma de culturas tradicionais, como de medicina, dos nossos conhecimentos, das nossas danças, das nossas línguas, da nossas crenças que isso é importante para o nosso povo”, disse
A ideia de construir o espaço veio em 2022, quando a NTICS esteve na comunidade três unidos para fazer um documentário sobre o povo kambeba, segundo o representante da empresa, Bellmond Viga
“Para nós, chegar aqui mais de dois anos atrás, na época do documentário, e ter vivenciado isso, foi sair desse lugar mental, onde a gente sabe de várias problemáticas, de vários diagnósticos, mas entender na prática o que poderia ser feito. Então, mais do que chegar aqui, a gente começou a entender profundamente que soluções da Amazônia pro mundo precisam existir e não ao contrário, como hoje em dia acontece”, contou viga.
O momento especial para os moradores teve uma roda de conversa sobre diferentes assuntos como as necessidades do povo e fortalecer suas raízes e os saberes da comunidade.
“Nós, povos indígenas, vivemos para cuidar a nossa natureza. E um espaço que nem esse, ele vem trazer todo esse fortalecimento de manter a nossa cultura, o nosso costume e o cuidado com o meio que nós temos aqui. Nós, povos indígenas, vivemos no lugar desse, onde é um lugar que nós não desejamos ir para a cidade. Nós continuamos aqui. É por isso que nós tanto trabalhamos também com a valorização da cultura e com a produção do nosso artesanato. Nós fortalecer a nossa educação, a nossa saúde, a sustitabilidade e manter nós vivendo aqui. É isso que nós fazemos”, afirmou o professor Raimundo Kambeba.
Moradores participaram de uma roda de conversa
Patrick Marques/g1 Amazonas
LEIA TAMBÉM
No AM, casos de esporotricose humana confirmados em 2024 crescem 57% em comparação com o total registrado no ano passado
Com mais de 2,5 mil queimadas, Amazonas tem o 2º pior outubro em 26 anos
O esporte também teve espaço, com a participação de atletas indígenas da canoagem, que já foram campeões regionais e representaram o Amazonas em competições nacionais.
Outro momento que marcou a abertura do espaço, foi o lançamento do livro chamado “Curas da Terra”, escrito por Baba Kambeba, matriarca da comunidade, que não pôde estar presente por questões de saúde.
Espaço tem o intuiro de manter viva a tradição dos povos originários na região.
Patrick Marques/g1 Amazonas

Mais Notícias