20 de setembro de 2024

Chefe das Forças Armadas de Israel reconhece que ataque que matou 7 agentes humanitários na Faixa de Gaza foi um erro grave

José Andrés, fundador da ONG World Central Kitchen, disse que os trabalhadores foram atacados de maneira sistemática, carro por carro. Exército de Israel admite ‘erro grave’ em ataque que matou agentes humanitários
O chefe das Forças Armadas de Israel reconheceu que o ataque que matou sete agentes humanitários na Faixa de Gaza foi um erro grave. O grupo distribuía comida para os palestinos.
Equipes de saúde retiraram da Faixa de Gaza os corpos dos seis estrangeiros mortos no bombardeio. Eles foram levados para o Egito e de lá serão transferidos para os países de origem das vítimas. A sétima vítima era um palestino que também trabalhava para a ONG World Central Kitchen.
O chef José Andrés, fundador da organização, disse em entrevista à agência de notícias Reuters que o os trabalhadores humanitários foram atacados de maneira sistemática, carro por carro. Andrés afirmou que a ONG estava em comunicação com o Exército de Israel e que os militares sabiam da movimentação do comboio pela estrada, um lugar que foi declarado zona sem conflito.
Ataque israelense mata 7 agentes humanitários que distribuíam comida em Gaza
O general israelense Herzi Halevi, chefe das Forças Armadas, admitiu a culpa de Israel, mas negou que o ataque tenha sido feito com a intenção de atingir os agentes humanitários.
“Foi um erro depois de uma falha de identificação, à noite, durante a guerra, em uma situação muito complexa. Não deveria ter acontecido. O incidente foi um erro grave”, disse o militar.
O presidente americano, Joe Biden, afirmou que está indignado e que Israel não está fazendo o suficiente para para proteger agentes humanitários e civis. O presidente destacou também que este não foi um incidente isolado.
Além da World Central Kitchen, outras organizações que distribuem comida e que prestam serviços médicos suspenderam as operações na Faixa de Gaza depois do ataque israelense. A ONU também informou que as movimentações noturnas das equipes no território estão suspensas por 48 horas.
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