25 de dezembro de 2024

Chefe de agência da ONU diz que forças israelenses destruíram escritório na Cisjordânia


Israel nega danos ao prédio causados nesta quinta-feira (31) e afirma que terroristas plantaram explosivos nas proximidades do escritório da UNRWA. Clínica de saúde que pertencia à Agência da ONU de Assistência aos Refugiados (UNRWA), que foi destruída por escavadeiras israelenses, no campo de Nour Shams, em Tulkarem, na Cisjordânia ocupada por Israel
Raneen Sawafta/Reuters
Escavadeiras israelenses causaram danos severos no escritório da agência de ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU), a UNRWA, no campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarem, na Cisjordânia, nesta quinta-feira (31), informou o chefe da agência, segundo a Reuters.
Philippe Lazzarini, que lidera a agência de refugiados palestinos da ONU, disse na rede social X que o escritório foi “severamente danificado e não é mais utilizável”.
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Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) negaram qualquer responsabilidade sobe danos ao prédio onde fica a agência.
“A afirmação de que os escritórios da UNRWA em Nur Shams foram destruídos por soldados das FDI é falsa”, disse a declaração.
Segundo as forças israelenses, os estragos foram causados por “terroristas” que “plantaram explosivos nas proximidades dos escritórios da UNRWA”. O comunica informou ainda que o ataque foi uma “tentativa de prejudicar os soldados das FDI”. “Os explosivos provavelmente causaram danos à estrutura”, afirmou o comunicado.
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Na segunda-feira (28), Israel aprovou uma lei proibindo a UNRWA de operar no país. Isso pode impactar o trabalho da agência na Faixa de Gaza, que foi devastada pela guerra.
Os legisladores citaram houve participação de alguns funcionários da UNRWA no ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel e que eles têm “vínculos com o Hamas e outros grupos armados”.
A ONU, após uma investigação, disse em agosto que nove funcionários da UNRWA estavam possivelmente envolvidos nos ataques de 7 de outubro e os demitiu. A UNRWA afirma que a esmagadora maioria de seu pessoal adere aos princípios de neutralidade.
Lazzarini chamou a votação para proibir a UNRWA de “um precedente perigoso” que se opõe à carta da ONU e viola a obrigação de Israel sob o direito internacional.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os trabalhadores da UNRWA “envolvidos em atividades terroristas” devem ser responsabilizados.

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