Em sua 5ª edição, iniciativa reuniu dezenas de ativistas defensores da erradicação do trabalho infantil, no Centro de Presidente Prudente (SP), na manhã deste sábado (8). Caminhada contra o trabalho infantil reuniu dezenas de pessoas em Presidente Prudente (SP), na manhã deste sábado (8)
Marcos Tadeu/TV Fronteira
A Praça 9 de Julho, no coração de Presidente Prudente (SP), foi o destino final de uma caminhada que reuniu dezenas de ativistas defensores da erradicação do trabalho infantil, na manhã deste sábado (8).
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Organizado pelo Fórum de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, o ato teve início na Praça da Bandeira, passando pelo Calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei até chegar à praça, onde serviços como aferição de pressão arterial, testes rápidos e orientação bucal foram oferecidos de graça à população.
À TV Fronteira, o juiz coordenador do Juizado Especial da Infância e Adolescência (Jeia), Mouzart Luís Silva Brenes, ressaltou a importância da ação, executada com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre os malefícios que o trabalho infantil causa na vida de crianças.
Esses malefícios se projetam para a vida adulta, e até para a próxima geração, uma vez que o trabalho infantil é a principal causa da evasão escolar ou do baixo aprendizado. Isso gera um ciclo vicioso de pobreza e de miséria que perpassa para as futuras gerações.
Neste sentido, feiras livres, pequenos comércios, borracharias, oficinas mecânicas e área rural foram citados pelo juiz como os principais pontos onde a mão de obra de crianças é mais explorada.
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Caminhada contra o trabalho infantil reuniu dezenas de pessoas em Presidente Prudente (SP), na manhã deste sábado (8)
Marcos Tadeu/TV Fronteira
‘Ciclo perverso’
De acordo com o Fórum, o trabalho infantil não pode permanecer invisível e ser naturalizado pela sociedade, na medida em que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, havia 1,9 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil no país, o que corresponde a 4,9% da população nessa faixa etária.
Os dados estatísticos revelam que esse contingente estava sendo reduzido desde 2016, quando havia 2,1 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho precoce, baixando a 1,8 milhão em 2019. Entretanto, o número voltou a crescer em 2022, com 1,9 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil.
Ainda conforme o Fórum, para erradicar o problema, o evento tem o espaço de sensibilizar a comunidade local de que o trabalho infantil configura grave violação de direitos humanos que rouba a infância de centenas de milhares de crianças, retroalimentando um ciclo perverso de pobreza e de miséria.
Caminhada contra o trabalho infantil reúne dezenas de pessoas em Presidente Prudente (SP)
Paula Sieplin/TV Fronteira
Denúncias
Em situações de flagrante, o principal canal de denúncia é o Disque 100, mas a população pode comunicar diretamente o Ministério Público do Trabalho (MPT), os conselhos tutelares, as secretarias de assistência social e a Polícia Militar.
Caminhada contra o trabalho infantil reúne dezenas de pessoas em Presidente Prudente (SP)
Marcos Tadeu/TV Fronteira
Caminhada contra o trabalho infantil reúne dezenas de pessoas em Presidente Prudente (SP)
Marcos Tadeu/TV Fronteira
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