Para o telespectador brasileiro, a voz de Cid transmitia o som da credibilidade. Veja depoimentos de admiradores. Brasileiros expressam o carinho e a admiração por Cid Moreira
O respeito enorme dos colegas pelo Cid Moreira é também do público. O respeito e o carinho dos milhões de brasileiros que ele conquistou.
De Brasília a Salvador.
“O ‘boa noite’ dele era sensacional, você ia dormir ‘boa noite’ aí terminou tudo”, diz a técnica de saúde Maria Cláudia.
“Melhor jornalista do Brasil, não só pela sua voz, mas como seu trabalho”, afirma o pedreiro Gervasio Ferreira Martins.
“Ele foi um repertório. Quantas pessoas não se espelharam nele para poder estudar aquela voz e trazer isso para o audiovisual?”, pergunta Patrícia Cruz, psicopedagoga.
Cid Moreira conquistou o respeito e o carinho de milhões de brasileiros
Reprodução/TV Globo
De Florianópolis a Natal.
“Muita competência, dedicação no que sempre fez e você sentia que ele amava a profissão”, diz o aposentado Severino Fernandes de Lima.
“A gente já ficava ansioso para ver ele na apresentação. Aquela voz é inesquecível. Qualquer coisa narrada pelo Cid virava uma atração”, afirma a técnica de enfermagem Roseane Monteiro Cruz.
“Quando ele começava a falar, todo mundo parava”, conta o aposentado Josué Medeiros.
Cid Moreira conquistou o respeito e o carinho de milhões de brasileiros
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Palmas, Recife, Rio, é como se a voz dele ainda estivesse em rede nacional.
“Uma perda irreparável para o Brasil e para a comunicação”, afirma o jornalista Drúzio da Costa Coutinho.
“A voz marcante. Era marcante e ela era bastante informativa, deixava as pessoas bem balizadas dos assuntos, informada”, diz o comerciante Fernando Antônio da Silva.
“Diferenciado, forte, com muita personalidade, muita segurança”, afirma o garçom Edem Carvalho.
“A personalidade dele com a voz, a inteligência dele, acho que é um conjunto”, diz a servidora pública Elizabete Pereira.
“É uma voz viva, tem essência, tem força e não dá para falar nela no passado”, afirma a professora Érica Prell.
Também pudera, foram 26 anos de visitas quase diárias pela tela da TV. Para milhões de famílias, Cid era de casa.
“Era obrigatório na hora do jantar. Meu pai, minha mãe, meu irmão e eu sentados jantando e vendo o Jornal Nacional com Cid Moreira, Sérgio Chapelin”, conta o segurança Fábio Pereira.
“Ele tinha uma questão de proximidade mesmo com o público, aquele olho no olho, aquele ‘boa noite’ que a gente sabia que iria nos afagar no final da noite, entendeu? Então, eu acho que vai ficar essa memória”, diz Paula Paloma Rodrigues, analista de eventos.
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Explicar o sucesso de Cid Moreira apenas pelo tom e pelo timbre da sua voz seria não só incorreto como incompleto. É claro que ele tinha um dom especial e era um apresentador de muito talento. Mas, para o telespectador brasileiro, existe um ponto que vai além: o que aquela voz transmitia era o som da credibilidade.
“Você o ouvia e você tinha aquela sensação de que você podia acreditar, podia crer naquilo que ele estava falando, que ele estava falando de forma séria, centrada”, diz Marcelo Vidal, pastor evangélico.
Na memória auditiva do Brasil, a voz dele também está associada a outros momentos, divertidos e misteriosos.
“Mister M. Grande homem, grande profissional, deixou, marcou uma época, deixou um grande legado”, diz Elizabete Pereira, servidora pública.
Cid Moreira conquistou o respeito e o carinho de milhões de brasileiros
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E nenhuma bola de Copa do Mundo foi ou será mais famosa do que ela: “Jabulane”. Emoção presente do Gênesis ao Apocalipse – versículo por versículo.
“Ele não só lia por ler os salmos, não era só um trabalho. A gente sentia que ele realmente acreditava no que ele estava passando para gente, o que ele estava lendo”.
O Brasil passou o dia repetindo: “Boa noite”.
“Você fez muitas gerações sentar e ver o Jornal Nacional”, diz Osvaldo Vasconcelos Ferreira, técnico de refrigeração.
“E é um ‘boa noite’ que vai ficar para sempre na memória da gente”.
Cid Moreira conquistou o respeito e o carinho de milhões de brasileiros
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