Luiz Alves, no Vale do Itajaí, tem 91 casos da doença confirmados. Números equivalem a ocorrências confirmadas no estado a partir de abril. SC ultrapassa 170 casos confirmados de febre do Oropouche em cinco meses
Santa Catarina tem 176 casos de Febre de Oropouche confirmados cerca de cinco meses após os primeiros registros da doença, divulgou a Diretoria Vigilância Epidemiológica (Dive/SC).
Luiz Alves, cidade no Vale do Itajaí que decretou emergência pela infestação do inseto maruim, um dos mosquitos responsáveis pela transmissão da doença, lidera o número de ocorrências. São 91.(veja lista completa abaixo).
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Segundo o órgão, os números equivalem aos casos confirmados a partir de abril, mês das primeiras ocorrências, até quinta-feira passada (15).
O Brasil registrou duas mortes por febre do Oropouche em julho. Até então, “não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbitos pela doença”, segundo o Ministério da Saúde.
O órgão também investiga uma morte causada pelo vírus de um paciente do Paraná que se hospedou em Santa Catarina.
Veja as cidades com casos confirmados:
Antônio Carlos – 2 casos
Benedito Novo – 1 caso
Blumenau – 10 casos
Botuverá – 37 casos
Brusque – 7 casos
Corupá – 3 casos
Guabiruba – 2 casos
Guaramirim – 1 caso
Ilhota – 6 casos
Jaraguá do Sul – 1 caso
Luiz Alves – 91 casos
São Martinho – 1 caso
Schroeder – 11 casos
Tijucas – 2
O que é
A Febre Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos. Depois de picarem uma pessoa ou animal infectado, os mosquitos mantêm o vírus em seu sangue por alguns dias. Quando esses mosquitos picam outra pessoa saudável, podem passar o vírus para ela.
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Decreto
De acordo com o decreto publicado em Luiz Alves, os moradores relatam desconforto com as picadas.
Também descreve que o inseto está espalhado tanto na área urbana quanto rural do município. O texto reforça que a disseminação do maruim dificulta ou impede a exposição dos moradores ao ar livre, principalmente de bebês e idosos.
Endemia do inseto maruim atinge Luiz Alves, em Santa Catarina
Além disso, como há muita atividade agrícola no município, os produtores ficam expostos ao inseto enquanto trabalham na lavoura e na pós-colheita, na hora de embalar as mercadorias.
O decreto reforça, ainda, que “as picadas podem evoluir para reações alérgicas graves, feridas, que podem ser porta de entrada para microrganismos patogênicos, que exigem cuidados médicos” e que repelentes e outros métodos químicos se mostraram ineficazes contra o inseto.
Febre de Oropouche pode ser transmitida pela picada de maruim e pernilongo
Dive/Divulgação
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