Instituto Tecnológico Vale se destaca na produção de ciência e tecnologia para um futuro sustentável Reverter a trajetória de mudanças que colocam em risco o mundo e a humanidade é um dos grandes desafios imposto pela crise climática. Nesse contexto, inovação e sustentabilidade se tornaram peças-chave em busca de soluções produtivas e aliadas da conservação da Amazônia, o bioma mais biodiverso do planeta. São esses pilares que orientam as ações do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV DS), em sua missão que alia a produção de conhecimento de alto impacto com a promoção de estratégias para uma transformação socioambiental que valoriza as pessoas e a floresta em pé.
Com uma proposta multidisciplinar e alinhada ao perfil da sociedade e às necessidades locais, o ITV DS atua em seis áreas prioritárias – geologia ambiental e recursos hídricos, biodiversidade e serviços de ecossistema, genômica ambiental, tecnologia ambiental, socioeconomia e sustentabilidade e computação aplicada – para fazer avançar a partir da Amazônia a ciência para combater as mudanças do clima.
“O problema das mudanças climáticas é multidisciplinar e a abordagem tem que ser assim também. As pesquisas com modelagem dos habitats de floresta e espécies precisam conversar com os estudos de genômica para que possamos saber como elas podem lidar com as mudanças climáticas”, analisa o diretor científico do ITV DS, Guilherme Oliveira.
De acordo com ele, os grupos que atuam com a socioeconomia têm que entender as aptidões dessas comunidades e como elas podem atuar, o que dialoga diretamente com o interesse de recuperar áreas degradadas e promover a reconstituição com sistemas agroflorestais. São questões que envolvem uma abordagem holística e complementar.
A materialização disso se dá a partir dos cerca de 232 projetos e 1992 publicações desenvolvidos ao longo dos últimos 14 anos com investimento de mais de R$ 890 milhões. Estudos que apontam qual deve ser a sucessão de espécies em um processo de recuperação de áreas com mineração, quais tecnologias podem ser aplicadas para melhorar a germinação e a reprodução de mudas ou como acompanhar a saúde do solo são apenas exemplos de como a pesquisa científica pode contribuir para a agenda que valoriza o desenvolvimento sustentável.
Diretor científico do ITV DS, Guilherme Oliveira, destaca produção de dados genéticos e genômicos.
Clarté/Thiago Pelaes
“A recuperação de áreas degradadas tem a ver com os gases do efeito estufa, porque plantar é um dos grandes mecanismos que o Brasil tem para capturar esses gases”, afirma Guilherme Oliveira, ressaltando que outros importantes avanços devem ocorrer fruto de uma iniciativa pioneira no Sul Global para produção de dados genéticos e genômicos e também a partir de DNA ambiental, o eDNA.
Batizado de Genômica da Biodiversidade Brasileira (GBB), o projeto faz o sequenciamento genômico, estudos de diversidade genética e análise do DNA em amostras presentes no meio ambiente. A ideia é identificar as espécies de uma determinada região e estudar sua diversidade genética para gerar informações úteis para a elaboração de estratégias de conservação, manejo e desenvolvimento econômico.
O GBB é realizado em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e receberá um investimento de US$ 25 milhões até 2027 para gerar pelo menos 100 genomas de referência e cerca de 5 mil genomas sequenciados de espécies da fauna e da flora amazônica de interesse para a preservação ou com potencial para a geração de renda por meio da bioeconomia. De posse desses dados, um leque de oportunidades se abre tendo como referência o conhecimento científico.
“O dado genômico dispara muita pesquisa ao redor daquela espécie. São informações que permitem avaliar a saúde genética e a diversidade genética das espécies, que ajudam tanto no manejo quanto no conhecimento sobre a sua resiliência frente às mudanças climáticas” – Guilherme Oliveira, diretor científico do ITV DS
“No aspecto da bioeconomia, é possível auxiliar no desenvolvimento dessas espécies a partir de marcadores genéticos que permitem criar cultivares mais resistentes a pragas e mudanças climáticas, por exemplo. Ou ainda, no extrativismo, ajuda a saber o quanto se pode tirar da natureza sem diminuir a sua diversidade, nem comprometer a reprodução e a conservação daquelas espécies”, exemplifica Guilherme Oliveira.
Com o ITV DS, a aposta da Vale é na demonstração de que a Amazônia tem potencial para produzir ciência e tecnologia de ponta e aplicá-los nas demandas do presente e do futuro da região.
“Não basta conversar apenas com o meio científico. O nosso esforço é também para levar esse conhecimento para a aplicação. Uma das metas é posicionar o ITV conectado a esse ambiente dinâmico da inovação e avançar no sentido de apoiar as tecnologias para que elas cheguem às startups e, assim, contribuir para o crescimento de novas empresas que coloquem em prática as soluções produzidas com base na ciência”, destaca o diretor do ITV.
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