22 de setembro de 2024

Cláudia Abreu apresenta, em Belém, espetáculo solo baseado na vida de Virginia Woolf

‘Virgínia’ está em cartaz no Theatro da Paz nos dias 12, 13 e 14 de abril. Ingressos à venda. Cláudia Abreu apresenta o espetáculo Virginia
Flavia Canavarro/Sesc/Divulgação
O Theatro da Paz, em Belém, recebe esta semana a estreia solo da atriz Cláudia Abreu, com o espetáculo “Virgínia”, baseado na vida da escritora inglesa Virginia Woolf. A montagem já foi vista por mais de 30 mil pessoas pelo Brasil.
As apresentações serão nos dias 12 e 13, às 20h, e 14 de abril, às 17h. Os ingressos estão à venda pelo site e na bilheteria do Theatro da Paz. A classificação indicativa de idade é a partir de 14 anos.
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Com direção de Amir Haddad, ‘Virginia’ marca a estreia da atriz como autora teatral e resultado de atravessamentos que Virginia Woolf provocou em Claudia Abreu ao longo da trajetória como atriz.
A vida e a obra da autora inglesa são motores de criação do espetáculo, fruto de longo processo de pesquisa e experimentação que durou mais de cinco anos. É o primeiro monólogo da carreira da atriz, o marcando também o retorno da parceria com Amir Haddad, que a dirigiu em ‘Noite de Reis’ (1997).
A montagem estreou em julho de 2022 em São Paulo, em março de 2023 retornou à São Paulo para uma segunda temporada, e já cumpriu duas temporadas no Rio de Janeiro em 2022 e 2023, além de ter se apresentado em cidades como Belo Horizonte (MG), Porto alegre (RS), Santa Maria (RS), Santa Cruz do Sul (RS), Campinas (SP), São José dos Campos (SP), São José do Rio Preto (SP), Ribeirão Preto (SP), Piracicaba (SP), Araraquara (SP), Jundiaí (SP), Fortaleza (CE), Mossoró (RN), Natal (RN) e Goiânia (GO).
Relação
A relação de Claudia com Virginia Woolf começa em ‘Orlando’, encenação assinada por Bia Lessa, em 1989. Aos 18 anos, ela travou contato inicial com a escritora de clássicos como ‘Mrs Dalloway’, ‘Ao Farol’ e ‘As Ondas’. No entanto, somente em 2016, com a indicação de uma professora de literatura, que a atriz reencontrou e mergulhou de cabeça no universo da autora.
Após ler e reler alguns livros, incluindo as memórias, biografias e diários, a vontade de escrever sobre Virginia falou mais alto.
“Eu me apaixonei por ela novamente. Fiquei fascinada ao perceber como uma pessoa conseguiu construir esta obra brilhante com tanto desequilíbrio, tragédias pessoais e problemas que teve na vida. Como ela conseguiu reunir os cacos?”
Para a atriz, ‘Virginia’ também é como um marco de maturidade. “O texto também vem do desejo de fazer algo que me toca, do que me interessa falar hoje. De falar do ser humano, sobre o que fazemos com as dores da existência, também falar da condição da mulher ontem e hoje. Não poderia fazer uma personagem tão profunda sem a vivência pessoal e teatral que tenho hoje”.
A dramaturgia de ‘Virginia’ foi concebida como inventário íntimo da vida da autora. Em seus últimos momentos, ela rememora acontecimentos marcantes na vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes, além de revelar afetos, dores e o processo criativo.
‘Fazer o monólogo foi uma opção natural neste processo, pois todas as vozes estão dentro dela. Eu nunca quis estar sozinha, sempre gostei do jogo cênico com outros colegas, mas a personagem me impeliu para isso”.
Cláudia Abreu em ‘Virginia’
Pablo Henrique/Divulgação
Monólogo
Claudia Abreu apresenta seu primeiro monólogo, idealizado e escrito por ela a partir da vida e da obra de Virginia Woolf (1882-1941).
Em cena, a atriz interpreta a escritora inglesa, cuja trajetória foi marcada por tragédias pessoais e uma linha tênue entre a lucidez e a loucura.
A estrutura do texto se apoia no recurso mais característico da literatura da escritora: a alternância de fluxos de consciência, capaz de ‘dar corpo’ às vozes reais ou fictícias, sempre presentes na mente.
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