O transtorno está ocorrendo nos bairros ZPE, Cacimbão, Mãe Rainha, Portal Residence, KM16 e Baixa da Carnaúba, localizados em Parnaíba, a 338 km de Teresina. Funcionários de clínica de hemodiálise denunciam falta de água em Parnaíba
Reprodução
Uma clínica de hemodiálise está reduzindo atendimentos a pacientes devido à falta de água que já dura quase uma semana em em Parnaíba, a 338 km de Teresina. Procurada, a Agespisa se manifestou sobre a falta de abastecimento (confira ao fim da reportagem). Os bairros afetados são ZPE, Cacimbão, Mãe Rainha, Portal Residence, KM16 e Baixa da Carnaúba.
Uma faixa que denuncia a falta de abastecimento foi exposta na fachada da Unirim, clínica que realiza procedimentos de hemodiálise, chamou a atenção nesta quarta-feira (19).
Ao g1, administrador da clínica, Diógennes Ferreira, explicou que a faixa na entrada do local foi uma forma desesperada de denunciar a situação, já que a falta de água prejudica diretamente a realização dos procedimentos.
“A água é um dos principais insumos utilizados na hemodiálise e por isso temos uma reserva. No entanto, essa reserva não está sendo suficiente, pois amanhã completa uma semana que estamos sem abastecimento. Tivemos que diminuir os turnos do procedimento para armazenar mais água caso um paciente urgente apareça”, contou o administrador.
Ainda segundo Diógennes, essa não é a primeira vez que a clínica que atende cerca de 115 pacientes por dia, 98% destes vindos do Sistema Único de Saúde (SUS), passa por problemas do tipo.
“Temos problemas com abastecimento de água desde agosto de 2023, por isso criamos uma reserva. Dessa vez nos preparamos para a interrupção, mas não imaginamos que passaríamos tanto tempo sem. Amanhã completa uma semana”, completou Diógennes.
Moradores pedem providências e relatam transtornos
Ao g1, a representante comercial Lourdes Fontenele, que reside no Conjunto Portal Residence, relata que o abastecimento foi interrompido em seu bairro na última sexta-feira (14). A água segue em falta nesta quarta-feira (19).
Dívida de mais de R$250 milhões e abastecimento de quase 2 milhões de pessoas por dia: Entenda a atual situação da Agespisa
Jonas Carvalho / Clube News
“Não vem água nem pra subir um pouquinho na caixa, pra encher um balde ou algo do tipo. No bairro nós temos 64 casas ocupadas e estamos precisando comprar água mineral para tudo. Não temos mais roupas limpas, pois já faz quase uma semana que não sai nem vento nas torneiras”, conta a mulher.
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A estudante Kelly Araújo, também moradora da região, narra que quando questionada, a Agespisa, empresa responsável pelo abastecimento de água, afirma que o serviço será regularizado em breve.
“É uma humilhação. Quando ligamos, eles falam que tem uma bomba (do sistema de captação da cidade) queimada e todo dia dão um prazo. Todo dia eles falam que vai voltar meio-dia ou no final da tarde, mas nunca chega”, disse a jovem.
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O que diz a Agespisa
Procurada, a Agespisa afirma que os bairros estão sem abastecimento de água devido à ausência de duas bombas do sistema de captação, que estão queimadas.
Conforme a empresa, uma das bombas será consertada na tarde desta segunda-feira (19). O outro aparelho segue sem previsão de reparos.
*Estagiária sob a supervisão de Maria Romero
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