9 de janeiro de 2025

Clube da Esquina é eleito um dos melhores álbuns de todos os tempos em ranking norte-americano

Clássico de Milton Nascimento e Lô Borges apareceu em 9º lugar em lista de 300 discos; ‘Acabou Chorare’, dos Novos Baianos, também aparece no ranking. Disco Clube da Esquina, de Milton Nascimento e Lô Borges
Fred Bottrel/ TV Globo
O clássico álbum mineiro “Clube da Esquina” (1972), de Milton Nascimento e Lô Borges, foi eleito o nono melhor de todos os tempos de todo o mundo no ranking da revista norte-americana “Paste Magazine”. Em primeiro lugar, ficou “Songs in the Key of Life” (1976), de Stevie Wonder.
No total, a revista rankeou 300 discos icônicos da história da música mundial. Além do Clube da Esquina, “Acabou Chorare” (1972), dos Novos Baianos, também apareceu na lista, em 51º lugar.
A revista, especializada em música e entretenimento, existe desde 2002 e, desde 2006, elege um lançamento como o álbum do ano. O mais recente foi “Rat Saw God”, da banda Wednesday.
Nesta semana, a revista publicou pela primeira vez o ranking com os 300 álbuns mais icônicos de todos os tempos. O top 10 também conta com discos históricos de artistas renomados dos EUA, da Inglaterra e do Japão, como Stevie Wonder, Kate Bush, Prince, Beatles, Fishmans e Nina Simone.
Livro celebra 50 anos do Clube da Esquina
‘Retumbante e único’
O Clube da Esquina foi definido pela revista como “retumbante e único”, que “encanta como uma nuvem de calor e de miscelânia sonora”.
“Com malhas de pop barroco e folk, tingidas com nuances de psicodelia e MPB, Clube da Esquina puxa tanto dos Beatles quanto de Chopin — resultando em um dos projetos mais ricos já compostos na América do Sul. Com 64 minutos de duração, o álbum duplo nunca se cansa de sua própria ingenuidade”, diz o texto.
A descrição da revista ainda destaca “a felicidade tropical” da música “Cais”, a “bossa nova” de “Clube da Esquina nº 2” e o samba de “Os Povos”. Completa, ainda, que a faixa “Trem de Doido estremece com uma guitarra elétrica destruidora, consolidando o esplendor do ciclo de canções” do álbum.
Milton Nascimento e Lô Borges em 2012, no programa Som Brasil, da TV Globo.
Matheus Cabral/TV Globo
“Do começo ao fim, as vistas e sons notáveis de Nascimento e Borges, que viam a música clássica e pop como iguais implorando para serem consagradas juntas para sempre, fazem de Clube da Esquina o maior álbum brasileiro de todos os tempos”, conclui a descrição.
Cada um dos álbuns rankeados contou com uma breve descrição feita por um jornalista especializado; no caso do Clube da Esquina, o responsável foi Matt Mitchel.
Capa do álbum ‘Acabou chorare’, do grupo Novos Baianos
Antonio Luís
‘Perfeita fusão de samba rock e tropicália’
A revista também destaca 1972 como um “ano incrível para a música brasileira”, tanto pelo lançamento do Clube da Esquina como também do “Acabou Chorare”, da banda Novos Baianos — único outro álbum brasileiro que aparece na lista, em 51º lugar.
Naquele ano, também foram lançados os icônicos “Expresso 2222”, de Gilberto Gil, “Elis”, de Elis Regina, e “Transa”, de Caetano Veloso.
O jornal descreve o álbum da banda formada por Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil), Luiz Galvão, Moraes Moreira, Paulinho Boca e Pepeu Gomes como “uma perfeita fusão de samba rock e tropicália”.
“Instrumentalmente, Acabou Chorare é deslumbrante; liricamente, o álbum é esperançoso em um momento em que não deveria ser. Todo o projeto é cheio de paixão e único, de audição fácil, ensolarada. Dançante e sublimemente notável, Acabou Chorare é acessível a muitos e uma obra-prima edificante”, diz a publicação.
”Acabou Chorare’, ‘Expresso 2222’, ‘Elis’, ‘Clube da Esquina’ e ‘Transa’, que completaram 50 anos em 2022
Reprodução
Vídeos mais assistidos do g1 MG

Mais Notícias