7 de novembro de 2024

Coach dos bitcoins: quem é Rodrigo Reis, empresário preso acusado de desviar R$ 260 milhões e lesar 10 mil pessoas


Rodrigo foi alvo da ‘Operação Profeta’, assim batizada porque o alvo usaria a religião para atrair investidores. Empresa prometia lucros de 5% a 9% ao mês, mas clientes denunciaram Rodrigo Reis, em vídeo no Youtube
Reprodução
Preso em operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (7), o empresário Rodrigo Reis, é acusado de comandar um esquema que lesou 10 mil pessoas e desviou R$ 260 milhões, segundo a PF.
As investigações indicam que os suspeitos desviaram dinheiro de investimentos em criptomoedas de vítimas.
A operação foi batizada de “Profeta”, porque, segundo as investigações, Rodrigo usa a religião para conquistar os investidores. Ele também era conhecido como coach. Rodrigo foi preso em Cajamar, na Grande São Paulo.
Só no Instagram, o empresário dono da RR Consultoria e outras companhias tem quase 82 mil seguidores. Nesta quinta-feira, por volta das 14h, não havia publicações na conta – foram apagadas.
“Só quem foi ao céu e ao inferno pode dizer exatamente como é!”, diz a descrição do perfil.
PF mira ladrões de criptomoedas que lesaram 10 mil pessoas e desviaram R$ 260 milhões
Uma conta no Youtube, com bem menos seguidores, também é atribuída ao empresário. Nela, há um vídeo dele comandando orações e cantando com um grupo de pessoas. Ele diz que vai “revelar a proposta que vai mudar a sua vida”.
Na internet, a empresa RR Consultoria promete aos clientes equilíbrio financeiro. A proposta era a seguinte: parte do valor investido pelo cliente seria aplicado em criptomoedas e o lucro anunciado variava entre 5% e 9% ao mês.
Em 2022, clientes da empresa já denunciavam que não viram mais o dinheiro que foi aplicado (veja na reportagem abaixo).
Investidores denunciam que sofreram um golpe de uma empresa de investimento
Operação da PF
Segundo a PF, nas investigações que resultaram na operação desta quinta descobriram que os suspeitos articularam uma complexa estrutura empresarial para captar investidores e, em seguida, se apropriarem do dinheiro e enviarem a quantia para o exterior por meio de exchanges (corretoras de criptomoedas).
A Justiça determinou o sequestro de bens dos investigados para recuperar bens e ativos adquiridos a partir dos crimes.
A ação visava cumprir um mandado de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão na Zona Oeste do Rio de Janeiro e nas cidades de Barueri, Guarulhos, Cajamar e Salto, em São Paulo.

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