Espécies foram reconhecidas como jiboia e boipeva; biólogo explica o motivo do aparecimento frequente de cobras em áreas urbanas e diferença entre boipeva e jararaca. Jiboia estava dentro de um carro, mas ao chegarem, os bombeiros encontraram a cobra na calçada.
Corpo de Bombeiros
Duas cobras foram capturadas em menos de 24 horas na área urbana de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, nessa terça-feira (12). Uma jiboia estava no interior de um veículo e uma boipeva estava dentro de uma residência.
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De acordo com o Corpo de Bombeiros, moradores relataram que a jiboia estava dentro de um carro, mas ao chegar na Avenida dos Lagos, no bairro Atlântico Sul, a cobra já havia saído do veículo e estava na calçada.
A captura do animal foi realizada com os devidos cuidados.
Algumas horas depois, os militares receberam outro chamado. Dessa vez, sobre uma boipeva, localizada dentro de uma casa no bairro Poncho Verde. Apesar do susto dos moradores, a captura foi feita sem nenhum incidente. As cobras foram transportadas e soltas no habitat natural.
Boipeva estava dentro de uma casa
Corpo de Bombeiros
No fim do mês passado, uma servidora foi surpreendida ao se deparar com uma cobra saindo do carro, no pátio da Prefeitura de Poxoréu. O biólogo Luiz Eduardo Saragiotto disse ao g1 que o período chuvoso é propício para aparição de cobras, pois coincide com o período de maior oferta de alimentos e reprodução.
“Período chuvoso acaba alagando os abrigos desses animais, aí eles se deslocam para buscar ambientes secos, então se movimentam mais. Também é uma época de maior oferta de alimentos, tem mais comida na natureza para as cobras, mais ratos, pássaros… É período de gerar gordura depois da seca e de se reproduzir”, disse.
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Diferença entre ‘boipeva’ e jararaca
Xenodom merremi, espécie capturada pelos bombeiros (à esq.) e a jararaca boipeva (Bothrops matogrossensis) (à dir.)
Reprodução
O biólogo também explicou que, apesar de parecer uma boipeva, a cobra capturada possui o nome científico Xenodom merremi. No entanto, populares a chamam de boipeva, por ser muito parecida com a jararaca boipeva (Bothrops matogrossensis).
“Existem 26 tipos de jararacas no Brasil, todas com nome científico Bothrops, mas existem várias nomenclaturas populares, a confusão é grande! A Xenodom merremi [cobra capturada] não possui veneno, já a jararaca boipeva possui”, explicou.
Já a jiboia é uma espécie que não representa perigo para os humanos. Embora possa ser grande e imponente, ela não é venenosa e tende a evitar o contato com pessoas.