13 de novembro de 2024

Colega matou cuidadora de idosos no segundo dia em que trabalharam juntos em Goiânia, diz polícia


Cintia era funcionária da família e Marcelo foi contratado por meio de empresa de terceirização. Ele confessou que matou a mulher após ela negar dar um beijo nele. Marcelo Junior Bastos Santos é suspeito de matar Cintia Ribeiro Barbosa, em Goiânia
Divulgação/Polícia Civil
O colega que matou a cuidadora de idosos Cintia Ribeiro cometeu o crime no segundo dia em que eles trabalharam juntos, em Goiânia, de acordo com a polícia. Marcelo Junior Bastos Santos confessou ter matado a mulher estrangulada depois que ela rejeitou um beijo dele.
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O delegado Carlos Alfama informou que Cintia era funcionária da família dos idosos e que Marcelo foi contratado por meio de empresa terceirizada. Ele contou que os dois já haviam trabalhado juntos num outro dia, mas que nada aconteceu.
“No primeiro dia, não aconteceu nada. Na segunda-feira [4], por volta das 8h24, ela chega ao trabalho, ele tenta beijá-la à força, ela rejeita e ele decide matá-la porque ela rejeita esse beijo”, narrou Alfama.
A polícia não divulgou o nome da empresa para a qual Marcelo trabalhava. Procurada pelo g1 na tarde de segunda-feira (11), a Defensoria Pública, que representa o suspeito, disse que seguirá sem comentar o caso.
Sobre o caso
A delegada da Central de Flagrantes Lara Soares informou que o caso começou a ser investigado como um desaparecimento, denunciado pelo marido de Cíntia. O homem afirmou que levou a esposa para o trabalho, mas que ela não havia voltado para casa e nem atendia o celular.
Marcelo e Cíntia cuidavam do mesmo casal de idosos, na Cidade Jardim, em Goiânia. Lara informou que, a princípio, Marcelo tinha dito à família dos idosos que Cíntia não tinha aparecido para trabalhar na segunda-feira (4), dia do crime.
“A gente buscou câmeras do local e imediatamente nós vimos que ela realmente entrou na casa, então, já tinha algo a se suspeitar contra o cuidador”, afirmou a delegada.
A investigadora acrescentou que o suspeito pediu uma pá a um vizinho, o que também levantou suspeitas. Foi, então, que a Delegacia de Homicídios foi acionada.
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O delegado Carlos Alfama, da Delegacia de Investigação de Homicídios, informou que havia terra remexida no quintal da residência onde a mulher trabalhava e que a cerca elétrica da casa estava repuxada.
“A Delegacia de Homicídios resolveu fazer o adentramento na casa vizinha e, quando entramos lá, infelizmente, nos deparamos com o corpo da vítima”, narrou.
Marcelo jogou o corpo de Cintia por cima do muro, depois de não conseguir enterrá-lo no quintal da casa onde a mulher trabalhava. A polícia acredita que ele tenha agido sozinho, com o apoio de uma cadeira, para jogar o corpo.
Homem confessa como matou cuidadora de idosos estrangulada após ela negar beijo
Como foi
À polícia, Marcelo confessou que estrangulou Cintia com um golpe mata-leão, que é quando se coloca os braços em volta do pescoço da vítima, pelas costas, até provocar a asfixia e perda de consciência.
“Ele estrangulou a vítima com o mata-leão, achou que ela já tinha morrido (foram palavras dele aqui no interrogatório) e saiu para um outro cômodo. De repente, ele percebeu que ela retomou a consciência e tentou fugir”, narrou Carlos Alfama.
O delegado contou que Marcelo foi atrás de Cintia e desferiu um novo mata-leão. Em seguida, com a fita crepe usada para prender as fraldas dos idosos, ele a enforcou novamente.
“Ele estrangulou a vítima com essa fita crepe para garantir que ela viesse a morrer”, afirmou Alfama. No local onde Marcelo estrangulou a cuidadora pela segunda vez, a polícia encontrou muito sangue.
A perícia concluiu ainda que Cintia foi estrangulada com um pedaço de fio elétrico, arame e fita adesiva, conforme a Polícia Científica.
Cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, foi encontrada morta com sinais de estrangulamento, em Goiânia
Reprodução/Redes Sociais
Quem era Cintia Ribeiro?
Uma amiga de Cintia, que preferiu não ser identificada, contou que a mulher era muito querida pelo casal de idosos e trabalhava para eles há cerca de 6 anos. Cintia Ribeiro trabalhava com os idosos há cerca de seis anos e deixa o marido e quatro filhos.
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