Evento contou com apresentações culturais de artistas locais e integrou o calendário de celebrações do aniversário da cidade. Tema de 2024 foi ‘Políticas públicas para a população LGBTQIAP+’. 20ª Parada LGBT+ de Ribeirão Preto aconteceu no último domingo (16)
Lucas Zanetti/g1
A 20ª Parada LGBT+ de Ribeirão Preto (SP), no último domingo (16), reuniu uma multidão de apoiadores na praça “João Marchesi”, no Jardim São Luiz, zona Sul da cidade. Segundo a organização, 25 mil pessoas passaram pelo evento.
A concentração começou às 13h nos cruzamentos das avenidas Presidente Vargas e João Fiúsa e depois se dirigiu para o local das atrações, onde a festa aconteceu até às 22h com apresentações de artistas locais. A programação foi composta por DJs, drag queens, cantores e dançarinos.
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Foram disponibilizados dois trios elétricos para o trajeto de aproximadamente 40 minutos. Equipes da prefeitura, Polícia Militar e RP Mobi acompanharam o percurso e garantiram a segurança durante o evento.
A edição deste ano teve como tema “Todo Amor é Parte do nosso Show. Políticas Públicas para a População LGBTQIAP+”, proposto para a reflexão sobre formas de inclusão e igualdade da comunidade.
Ao g1, Pedro Leão, Secretário de Cultura e Turismo de Ribeirão Preto e padrinho da Parada, comemorou a inclusão do evento no calendário de comemorações do aniversário da cidade. Segundo ele, esta é uma forma de garantia de igualdade e diversidade no âmbito cultural.
“Para além da expectativa da festa, permanecer com o evento na sua 20ª edição, ocupando as avenidas mais importantes da cidade é um compromisso com os Direitos Humanos. Reunir os LGBTs de Ribeirão com os corpos presentes neste lugar, além de um ato político, é um ato de amor”, disse Leão.
FOTOS: 20ª Parada LGBT+ de Ribeirão Preto
Variedade de bandeiras
Uma grande diversidade de bandeiras pôde ser encontrada no evento neste ano, demonstrando que outras letras da sigla também estão na luta por espaço e visibilidade.
20ª Parada LGBT+ de Ribeirão Preto foi marcada por variedade de bandeiras e identidades
Lucas Zanetti/g1
Dominique Ferreira, que se identifica como não binário, afirma que pensar em outras identidades de gênero ainda é um desafio mesmo entre a comunidade LGBT+.
“Estamos muito longe de conseguir pensar na diversidade de corpos, expressões de gêneros e formas de existência para além do binarismo. Por mais que as pessoas pensem que a aceitação é maior, só quem vive o dia a dia na pele sabe como ainda é difícil”, disse.
A atendente Marcela Rossi, que é bissexual, também acredita que as pessoas ainda têm dificuldade em compreender orientações sexuais não binárias. “A bifobia é pouco debatida mesmo na comunidade e às vezes dá a impressão que estamos gritando numa sala vazia. Em 2024 ainda somos taxadas de confusas”.
Leques foram a marca registrada da Parada LGBT de Ribeirão Preto
Lucas Zanetti/g1
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