29 de dezembro de 2024

Com excesso de calor e recorde de queimadas, Campinas prorroga Operação Estiagem por 15 dias

Dados prévios do Inpe apontam 911 focos de incêndio na cidade até setembro, maior volume desde 2018, quando Defesa Civil iniciou monitoramento. Número é 560% maior que o registrado em 2023. Com clima quente, Defesa Civil de Campinas prorroga operação contra incêndios florestais
A combinação de excesso de calor e baixa umidade, que favoreceu um número recorde de focos de incêndio, fez Campinas (SP) prorrogar a Operação Estiagem – inicialmente, a mobilização da Defesa Civil terminaria em 30 de setembro, mas diante do volume de ocorrências, segue até 15 de outubro.
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Dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que a metrópole registrou 911 focos de incêndio até setembro, volume que é 560% maior que o notificado no ano anterior (138), e o maior da série histórica iniciada em 2018.
2018: 233
2019: 222
2020: 353
2021: 469
2022: 196
2023: 138
2024: 911*
*até setembro
A Operação Estiagem historicamente ocorre nos cinco meses mais secos do ano, mas as condições climáticas provocaram um cenário novo para as equipes, formadas por sete secretarias municipais, uma autarquia e uma empresa pública de Campinas.
“Ela foi prorrogada até o dia 15 de outubro, no sentido de que ultrapassou todos os índices que nós tínhamos previsto, realmente foi uma situação bastante atípica no Brasil, e aqui no estado de São Paulo praticamente triplicou todas as ocorrências. A alta temperatura foi a grande diferença esse ano, tivemos vários períodos de alta temperatura, e períodos mínimos de frio”, explicou Sidnei Furtado, coordenador da Defesa Civil de Campinas.
Além do clima, um fator que complicou neste ano foi a ação humana, com registros de queimadas criminosas, que ampliaram a dificuldade de combate das equipes.
“Houve um processo de imitação dos incêndios, pessoas provocaram de forma criminosa, e isso complicou demais. Às vezes o incêndio estava controlado, e ele teve reignição em outro ponto”, destacou Furtado.
Área destruída pelo fogo no Pico das Cabras, em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
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