Dados prévios do Inpe apontam 911 focos de incêndio na cidade até setembro, maior volume desde 2018, quando Defesa Civil iniciou monitoramento. Número é 560% maior que o registrado em 2023. Com clima quente, Defesa Civil de Campinas prorroga operação contra incêndios florestais
A combinação de excesso de calor e baixa umidade, que favoreceu um número recorde de focos de incêndio, fez Campinas (SP) prorrogar a Operação Estiagem – inicialmente, a mobilização da Defesa Civil terminaria em 30 de setembro, mas diante do volume de ocorrências, segue até 15 de outubro.
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Dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que a metrópole registrou 911 focos de incêndio até setembro, volume que é 560% maior que o notificado no ano anterior (138), e o maior da série histórica iniciada em 2018.
2018: 233
2019: 222
2020: 353
2021: 469
2022: 196
2023: 138
2024: 911*
*até setembro
A Operação Estiagem historicamente ocorre nos cinco meses mais secos do ano, mas as condições climáticas provocaram um cenário novo para as equipes, formadas por sete secretarias municipais, uma autarquia e uma empresa pública de Campinas.
“Ela foi prorrogada até o dia 15 de outubro, no sentido de que ultrapassou todos os índices que nós tínhamos previsto, realmente foi uma situação bastante atípica no Brasil, e aqui no estado de São Paulo praticamente triplicou todas as ocorrências. A alta temperatura foi a grande diferença esse ano, tivemos vários períodos de alta temperatura, e períodos mínimos de frio”, explicou Sidnei Furtado, coordenador da Defesa Civil de Campinas.
Além do clima, um fator que complicou neste ano foi a ação humana, com registros de queimadas criminosas, que ampliaram a dificuldade de combate das equipes.
“Houve um processo de imitação dos incêndios, pessoas provocaram de forma criminosa, e isso complicou demais. Às vezes o incêndio estava controlado, e ele teve reignição em outro ponto”, destacou Furtado.
Área destruída pelo fogo no Pico das Cabras, em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
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