21 de setembro de 2024

Com exportações menores de soja e petróleo, superávit da balança comercial recua 30% em março, para US$ 7,5 bilhões

Resultado também foi influenciado pela menor quantidade de dias úteis. Informações foram divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, nesta quinta-feira (4). A balança comercial registrou superávit de US$ 7,48 bilhões em março, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quinta-feira (4).
O resultado é de superávit quanto as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário.
De acordo com o MDIC, o saldo positivo teve uma queda de 30,4% na comparação com o mesmo mês de 2023 — quando somou US$ 10,75 bilhões (recorde histórico).
Segundo o governo, em março:
as exportações somaram US$ 27,98 bilhões, com queda de 14,8%;
as importações somaram US$ 20,49 bilhões, com recuo de 7,1%.
O resultado de março também foi influenciado pela menor quantidade de dias úteis. No mês passado, foram registrados 20 dias úteis, contra 23 dias úteis em março de 2023.
Primeiro trimestre
Nos três primeiros meses do ano, ainda segundo dados oficiais, o saldo comercial ficou positivo em US$ 19,07 bilhões, com alta de 22,2% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 15,6 bilhões).
O superávit dos três primeiros meses deste ano também é o maior de toda série histórica, que tem início em 1989, para o período.
Exportações em março
Segundo informações do governo, a soja e o petróleo foram os dois principais produtos que registraram queda de exportações em março deste ano, influenciando fortemente o resultado da balança comercial no período.
O recuo das exportações desses produtos somou quase US$ 4 bilhões em março deste ano.
As vendas externas de soja, por exemplo, totalizaram US$ 5,39 bilhões em março deste ano, com queda de US$ 1,96 bilhão (ou 26,7%) na comparação com o mesmo mês de 2023 — quando foram de 7,36 bilhões.
As exportações de petróleo, por sua vez, somaram US$ 3,52 bilhões em março deste ano, com recuo de US$ 1,96 bilhão (35,5%) contra o mesmo mês do ano passado — quando chegaram a US$ 5,52 bilhões.
Por outro lado, as vendas externas de açúcares e melaços avançaram 77% em março deste ano, para US$ 1,47 bilhão, e as exportações de minério de ferro avançaram 3,4%, para US$ 2,45 bilhões.
Principais compradores em março
China e Macau: US$ 7,06 bilhões, com queda de 3,6%
União Europeia: US$ 3,85 bilhões, com recuo de 15,4%
Estados Unidos: US$ 3 bilhões, com queda de 19,9%
Associação de Nações do Sudeste Asiático: US$ 865 milhões, com queda de 0,3%
Mercosul: US$ 1,67 bilhão (+1,4%), sendo US$ 1,21 bilhão somente para a Argentina (+2,8%).
Previsão para 2024
O Ministério do Desenvolvimento também reduziu a sua projeção para o superávit da balança comercial no ano de 2024 fechado, de US$ 98,9 bilhões para US$ 74,3 bilhões.
A estimativa para as exportações neste ano recuou de US$ 339,7 bilhões para US$ 332,6 bilhões.
A projeção para as importações em 2024 subiu de US$ 240,8 bilhões para US$ 259,1 bilhões.
Relembre, no vídeo abaixo, o saldo da balança comercial brasileira em todo o ano de 2023:
Balança comercial brasileira fecha 2023 com saldo recorde de quase US$ 100 bi

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