Acadêmicos protestaram em frente à reitoria da Ufac por volta do pagamento de bolsas estudantis e a abertura do RU durante a greve. Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) garantiu que bolsa assistência continuará sendo paga e vai disponibilizar ainda R$ 250 como auxílio emergencial para os alunos durante a greve. Movimento ocorreu nesta quinta-feira (2) na Ufac
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Com professores e técnicos-administrativos em greve na Universidade Federal do Acre (Ufac), alunos de diversos cursos de Rio Branco protestaram em frente à reitoria cobrando o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) e auxílios durante a suspensão das atividades.
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Os acadêmicos reivindicaram a permanência do pagamento de bolsas de assistência, como auxílio moradia, creche, pró-estudo, passe livre, entre outros, que deixaram ser pagos por conta do cortes no orçamento da universidade.
“Reivindicamos direitos básicos que são negados diariamente, como bolsas e auxílios que foram conquistados por nós estudantes. Então, queremos o retorno desses recursos que foram boicoitados pelo estado. A universidade sofreu boicoite, tiraram recursos e dificulta nossa permanência. Se não reivindicarmos essas bolsas agora, lá para o final do ano, quando tivermos concluindo o semestre, não teremos recurso porque foram congelados”, destacou o estudante de história Cássio Oliveira.
Acadêmicos cobram assistência estudantil durante greve
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O protesto ocorreu nesta quinta-feira (2), mesmo dia em que iniciou a greve dos professores. A categoria reivindica reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária e revogação de normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) disse que fechamento do RU tem como objetivo evitar o desperdício de alimentos, já que com a greve dos professores o fluxo de alunos deve diminuir na universidade.
No entando, durante a greve todos os alunos que já fazem parte das bolsas ofertadas pela Proaes irão receber o auxílio alimentação emergencial, que todas as bolsas serão renovadas por 30 dias e reavaliadas para novas prorrogações. O valor do auxílio emergencial é de R$ 250.
O pró-reitor em exercício, Carlos Moraes, disse que a universidade apoia o movimento dos técnicos e dos professores, contudo, é necessário redimensionar os serviços emergenciais para continuar em funcionamento.
Ele acrescentou que as bolsas assistência são suspensas quando não há atividade acadêmica, contudo, confirmou a prorrogação para não deixar os alunos desamparados durante a greve. “Não sabemos quanto tempo teremos de greve, mas sabemos que há muitos alunos vulneráveis, inclusive alunos que recebem a bolsa e pagam aluguél de um quarto em Rio Branco. O aluno do interior que vem estudar aqui tem custos e fica mais vulnerável, mas garantimos essas bolsas para eles”, concluiu.
Nota na íntegra da Ufac:
A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) esclarece que o fechamento do Restaurante Universitário (RU) tem como objetivo evitar o desperdício de alimentos, posto que, com a deflagração da greve dos professores, ainda não é possível dimensionar o quantitativo de refeições diárias.
No entanto, durante o período de greve todos os alunos assistidos pela Proaes vão receber Auxílio Alimentação Emergencial e todas as bolsas da Proaesserão renovadas por 30 dias e reavaliada para novas prorrogações, a depender da continuidade do movimento grevista e da possibilidade de publicação dos novos editais da Proaes.
Outras medidas de apoio aos estudantes, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, serão avaliadas sempre em diálogo permanente com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) que, em comum acordo com a Administração, em reunião realizada na manhã da última sexta-feira, 26 de abril, decidiu pela continuidade das tratativas com os comandos de greve de TAEs e Docentes para que novos editais sejam publicados.
A Ufac entende que este é um momento de lutas por direitos e reafirma a todos e todas que manterá o compromisso com a democracia e com as garantias básicas para uma educação de qualidade.
Colaborou o repórter Júnior Andrade, da Rede Amazônica Acre.
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