19 de setembro de 2024

Com Selic inalterada, Brasil cai para 3º no ranking de maiores juros reais do mundo; veja lista

País ocupava a segunda posição até o mês passado, conforme levantamento do MoneYou. O topo está agora com a Turquia, enquanto a Rússia vem em segundo lugar. A Argentina, que enfrenta uma inflação altíssima, segue na última posição. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira
O Brasil passou a ter o terceiro maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir manter a taxa básica de juros inalterada. O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
O Banco Central do Brasil (BC) decidiu nesta quarta-feira (31) manter a Selic na faixa de 10,50% ao ano. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 7,36%. O líder do ranking é a Turquia, com taxa real de 12,13%.
Na última divulgação, em 19 de junho, o Brasil ocupava a segunda colocação da lista. A combinação de inflação mais forte e cenário externo desafiador continua a pressionar o fechamento da taxa real de juros, informou o MoneYou.
A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de, em junho, ter perdido para a Turquia o posto de maiores taxas nominais da lista (40% ao ano, frente aos 50% da Turquia — veja mais abaixo), o país também enfrenta uma inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

um anunciou m da taxa básica de juros, de 0,50 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 12,25% ao ano.
Manutenção da Selic
Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros na casa de 10,50% ao ano.
Na decisão anterior, em junho, a autoridade monetária encerrou um ciclo de sete cortes consecutivos da taxa básica. Antes do início das reduções, a Selic havia permanecido, por cerca de um ano, em 13,75%.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 6ª posição. Veja abaixo:
Turquia: 50,00%
Argentina: 40,00%
Rússia: 16,00%
Colômbia: 11,75%
México: 11,00%
Brasil: 10,50%
África do Sul: 8,25%
Hungria: 7,25%
Filipinas: 6,50%
Índia: 6,50%
Indonésia: 6,25%
Chile: 6,00%
Polônia: 5,75%
Hong Kong: 5,75%
Estados Unidos: 5,50%
Nova Zelândia: 5,50%
República Checa: 5,25%
Reino Unido: 5,25%
Canadá: 4,75%
Israel: 4,50%
Austrália: 4,35%
Alemanha: 4,25%
Áustria: 4,25%
Espanha: 4,25%
Grécia: 4,25%
Holanda: 4,25%
Portugal: 4,25%
Bélgica: 4,25%
França: 4,25%
Itália: 4,25%
Suécia: 3,75%
Coreia do Sul: 3,50%
China: 3,45%
Cingapura: 3,42%
Dinamarca: 3,35%
Malásia: 3,00%
Tailândia: 2,50%
Taiwan: 2,00%
Suíça: 1,50%
Japão: 0,10%

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