21 de setembro de 2024

Com sistema paralisado há mais de 30 horas, moradores do RJ relatam falta d’água em algumas regiões

Água contaminada fez com que a Cedae interrompesse operação em sistema que abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Paquetá. Sistema Imunana-Laranjal, São Gonçalo
TV Globo
Na tarde desta quinta-feira (4), a suspensão da operação no sistema Imunana-Laranjal completou 30 horas, e moradores de diversos bairros de São Gonçalo e Niterói já relatam torneiras secas. Em nota, a Cedae informa que ainda não tem um prazo para que o sistema volte a operar.
A paralisação começou às 6h de quarta-feira (3), “em razão de alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação”, segundo informou uma nota conjunta da Cedae e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O ramal da Cedae também atende Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, na capital.
Uma equipe de emergência do Inea tenta identificar a origem do poluente encontrado, um produto químico conhecido como tolueno.
Vagner Ferreira Leite, morador de Tribobó, São Gonçalo, diz que a população está sofrendo muito. “Com esse calor está difícil. Crianças e idosos sofrendo muito, sem contar a sujeira que fica em casa. Espero que normalize o mais rápido possível,” comentou.
“Aqui em Niterói estamos sem uma gota de água. Estamos tendo que carregar baldes e precisamos urgentemente de um caminhão pipa,” denuncia Nelcimar Brandão Cavalcante, morador do bairro do Caramujo.
Philip Fiau, morador de São Gonçalo, fala sobre como a falta d’água está afetando o funcionamento escolar na região. “A Escola Municipal Alberto Torres, Colubandê, está sem aula por causa da água”, diz.
A Cedae e o Inea afirmaram que não há risco de a substância chegar às residências, “porque a captação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano”.
Corrida por água em Niterói
Em Niterói, muitos moradores começaram a procurar os supermercados para garantir um estoque de água suficiente para enfrentar o desabastecimento provocado pela paralisação do Sistema Imunana-Laranjal.
Diante do problema, a Prefeitura de Niterói divulgou um comunicado pedindo que os moradores do município economizem água até que o abastecimento seja normalizado.
“O abastecimento de água da cidade continua suspenso, devido à paralisação do Sistema Imunana-Laranjal, operado pela Cedae, e não tem previsão de retorno. Por isso, pedimos à população que economize água até que o abastecimento seja normalizado”, dizia o comunicado da prefeitura.
Moradores de Niterói procuram supermercados para garantir um estoque de água
Arquivo pessoal
Muitos condomínios, empresas e prédios públicos também já estão alertando seus frequentadores para que tenham cuidado no uso da água. Alguns locais já estão prevendo um período de racionamento.
O que diz a Águas de Niterói
Em nota, a concessionária Águas de Niterói, responsável pela distribuição da água em Niterói, informou que o abastecimento em toda a cidade continua suspenso e sem previsão de retorno. A empresa reforçou que os clientes devem economizar água até que o abastecimento seja normalizado.
“A concessionária esclarece que não há nenhum risco de a população da cidade ter recebido água imprópria para consumo. A Cedae interrompeu o sistema antes da captação da água ser contaminada e garante que a operação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para o consumo humano. Antes de chegar às residências, a água distribuída pela concessionária passa por rigorosos testes, que comprovam o atendimento a todos os parâmetros de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde”
“Águas de Niterói segue acompanhando o processo de restabelecimento do sistema, incluindo as análises da água, controlando os reservatórios da cidade, e enviando comunicações aos clientes. Águas de Niterói está com 30 caminhões-pipa abastecendo os locais que prestam serviços essenciais”.

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