Jean Lucca, de 21 anos, mora em Sorocaba (SP) e aprendeu a transformar roupas customizadas em memórias. Peça customizada por Jean Lucca
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Com desenhos realistas, um morador de Sorocaba, no interior de São Paulo, encontrou na customização de roupas e acessórios uma forma de expressar sua arte. O estudante de publicidade e artes visuais Jean Lucca, de 21 anos, conversou com g1 e contou detalhes sobre sua carreira artistíca.
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Jean conta que sua jornada começou ainda no ensino fundamental, em um momento que parecia simples, mas que se revelou transformador.
“Meu primeiro trabalho não teve relação com customização. Foi quando uma amiga minha me pediu pra fazer um retrato de um cantor que ela gostava, e aí ela me pagou. Lembro que foram R$ 35, e eu fiquei muito feliz”, relembra Jean, com um sorriso no rosto.
Embora o resultado tenha ficado “muito diferente”, a experiência acendeu nele a percepção de que sua paixão pela arte poderia também se tornar uma fonte de renda.
Jean mistura a arte e a moda em seu trabalho
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Durante o ensino médio, Jean teve o primeiro contato com a customização. Durante uma aula, ele rabiscou a aba do boné de um amigo. “Ficou horrível, então resolvi pintar em casa, e acabei misturando tudo com tinta acrílica”, conta, com a leveza de quem encara os erros como parte essencial do aprendizado.
Esse pequeno gesto de curiosidade e experimentação evoluiu para projetos mais ousados, como a customização de Fuscas e Kombis. A partir daí, Jean mergulhou em um mundo novo, começou a explorar diferentes superfícies e materiais, aperfeiçoou suas técnicas e expandiu seu repertório criativo.
Hoje, Jean vem se destacando por sua abordagem única na arte. Ele desenvolveu, de forma autodidata, uma técnica mista que mistura materiais e métodos. “Eu trabalho com tinta de tecido, acrílica, spray, espátulas para dar textura, cada trabalho exige algo diferente, e muitas vezes as soluções surgem na hora”, explica.
Peça customizada por Jean Lucca
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A versatilidade que ele incorporou em seu processo criativo reflete a profundidade com que encara cada peça, tratando-a como uma oportunidade de inovar e se expressar.
As referências que inspiram Jean são tão diversas quanto as técnicas que utiliza. Do grafite ao artesanato, passando por tatuagens e pinturas em tela, ele vê em cada forma de arte uma nova possibilidade de aprendizado e expressão. Para ele, criar não é apenas uma questão de habilidade, mas de mergulhar nas histórias e emoções que as pessoas compartilham com ele.
“Acho que isso é o mais bacana, o mais gratificante. Ver a reação das pessoas ao receberem a arte, perceber que aquilo impactou de verdade, é o que me motiva a continuar”, diz.
Ultimamente, Jean tem se dedicado cada vez mais a trabalhos que envolvem sentimentos e memórias. Ele vê nisso uma maneira de estabelecer conexões mais profundas com suas obras e com aqueles que as recebem.
“Cada vez mais, eu busco colocar meu estilo dentro disso, criar um vínculo maior com o que estou fazendo e com a pessoa que está recebendo a obra”, afirma.
Um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi quando um amigo compartilhou o impacto de uma de suas criações. “Não é só uma tela. Coloquei na minha casa, e quando estou pra baixo, olho pra ela e vejo minha família, o porquê de eu lutar todos os dias”, relembra Jean. Esse tipo de feedback é o que o impulsiona, dando a certeza de que sua arte é mais do que uma simples expressão visual, é um caminho que liga sentimentos, histórias e pessoas.
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