10 de janeiro de 2025

Com tragédia do RS em pauta, indústria de alimentos se reúne para debater impacto da mudança climática no setor

Maior evento de tecnologia de alimentos da America Latina, nesta quarta, reúne empresas, governos, associações, universidades e institutos de pesquisa para discutir eventos climáticos extremos. ‘Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas
Reprodução/EPTV
Representantes da indústria de alimentos e bebidas se reúnem em Campinas (SP) nesta quarta-feira (5) e quinta-feira (6) para debater e apresentar novas tecnologias para o setor. O foco, diante da tragédia no Rio Grande do Sul, se voltou para a resiliência do segmento diante de eventos climáticos extremos.
O “International FoodTech Forum”, maior conferência do setor na America Latina, terá CEOs de grandes empresas de alimentos, representantes de governos, fornecedores de ingredientes e equipamentos, além de pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa. O evento acontece no ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos de Campinas).
Segundo a organização, o ponto principal é entender:
O quanto a mudança do clima pode interferir na cadeia de fornecimento de alimentos;
A importância de novas tecnologias para assegurar a segurança alimentar do país;
A contribuição da indústria de alimentos na redução de impactos ambientais.
“Não se pode pensar em alimentos do futuro sem falar de mudança climática e sustentabilidade”, destacou Paulo Silveira, CEO do FoodTech Hub Latam e organizador do fórum.
Silveira explicou que o tema central da edição deste ano “a indústria de alimentos resiliente, colaborativa e inclusiva” foi definido em dezembro, mas as enchentes nas cidades gaúchas reforçaram a importância de debater o papel do setor diante de eventos climáticos extremos.
Alimentos do futuro
A discussão sobre os ‘alimentos do futuros’ terá destaque no fórum. Segundo o Paulo Silveira, a ideia é apresentar alternativas de alimentação que assegurem a qualidade nutricional, o sabor e a preservação ambiental.
“São novas tecnologias para mitigar risco ambiental, ou seja, gastar menos água, menos energia, ter energia mais limpa, menos metano na atmosfera. Então, é tudo isso que o FoodTech pode apresentar”, descreveu Silveira.
O exemplo, segundo o organizador, está em novas formas de proteína, como carne cultivada, insetos, proteína vegetal e fermentação de micélio de cogumelos. Alternativas com menor impacto ambiental em relação à pecuária.
Evento paralelo
Paralelo ao 5º International FoodTech Forum, o ITAL vai receber o 4º FoodTech Expo, que reúne agri-food techs brasileiras e sul-americanas, além de receber palestras e workshops. A ideia é apresentar às grandes empresas e aos investidores as soluções já criadas por startups. “São 23 startups esse ano com soluções de alta tecnologia”.
“É necessário que as empresas de alimento ampliem investimentos em inovação para serem capazes de mitigar os efeitos climáticos e, assim, continuar abastecendo uma população mundial que não para de crescer”, afirmou Silveira.
No site oficial do evento é possível encontrar a programação completa com os expositores e palestrantes.
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