Ismail Haniyeh era o principal nome do braço político do grupo terrorista e foi assassinado em um ataque aéreo na madrugada. Ismail Haniyeh, chefe do Hamas
Hassan Ammar / Arquivo / AP Photo
O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto nesta quarta-feira (31). A morte marca uma nova tensão em meio ao conflito na Faixa de Gaza, com anúncios de retaliação do Irã e do Egito.
➡️ Haniyeh, era o principal nome do braço político do grupo terrorista, e foi assassinado durante uma vista ao Teerã, no Irã, para a posse do novo presidente iraniano, segundo o próprio Hamas confirmou em um comunicado. O vice-presidente Geraldo Alckmin também estava na cerimônia.
Veja abaixo como foi o ataque.
Como foi o ataque?
O ataque aconteceu por volta das 2h da manhã de quarta-feira, na residência militar onde Haniyeh estava em Teerã. Na ação, ele e um guarda-costas morreram.
A única informação que se tem sobre a ação até agora é da NourNews, um veículo afiliado ao Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, que diz a residência onde Haniyeh estava foi atingida por um projétil aéreo.
No entanto, o comunicado não deixa claro se esse projétil era um míssil ou se houve um ataque por drone, por exemplo.
Em comunicado, o Hamas afirma que Haniyeh foi morto num “ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã”, sem dar mais detalhes.
Alckmin esteve na posse do Irã, a poucos metros de chefe do Hamas assassinado horas depois
Onde ele estava no momento do ataque?
É importante saber que Ismail Haniyeh não vivia na região do conflito, mas estava exilado há anos no Catar.
Na terça-feira (30), ele foi ao Irã para a posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian. O país é um dos grandes apoiadores do Hamas, financiando e enviando armas ao grupo. No evento, estavam autoridades mundiais, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin.
De acordo com a mídia iraniana, após a posse, Haniyeh ficou hospedado em um prédio para veteranos de guerra em Teerã, no Irã, de onde seguiria para o Catar. Foi neste local que o ataque ocorreu.
Quem matou Haniyeh?
Ninguém assumiu imediatamente a autoria do ataque. Israel não comentou sobre o caso até esta manhã. Apesar disso, o país tinha prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e resultou em cerca de 250 reféns.
Além disso, o ataque ocorreu no mesmo dia em que Israel bombardeou Beirute, capital do Líbano. O alvo foi Fuad Shukr, considerado o chefe número dois do grupo extremista libanês Hezbollah. Um comunicado oficial das Forças de Defesa de Israel informou que ele morreu na explosão.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel pelo ataque e prometeu vingança. O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, criticou a ação dentro do território iraniano. Ele afirmou que seu país “defenderá sua integridade territorial” e disse que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.