Polícia Civil pediu à Justiça a prisão cautelar de um suspeito. Enterro do militar, Rodrigo Noval de Oliveira, está previsto para as 16h em Nova Friburgo. O 2º sargento da Polícia Militar, Rodrigo Noval de Oliveira, era escritor e poeta, com dois livros publicados
Arquivo pessoal
A sexta-feira (8) está sendo de forte comoção entre parentes e amigos durante a despedida do 2º sargento da Polícia Militar, Rodrigo Noval de Oliveira, de 46 anos, morto na noite desta quarta-feira (6) quando visitava a filha e o neto em Tamoios, distrito de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.
O militar era membro de Academia Friburguense de Letras (AFL) e cotado para ser o primeiro presidente negro da instituição. Também poeta, tinha dois livros publicados.
O velório começou às 9h no cemitério São João Batista, em Nova Friburgo, com enterro marcado para as 16h no cemitério Trilha do Céu, no distrito de Conselheiro Paulino.
Parentes e amigos se despedem de PM e escritor morto na Região dos Lagos do Rio
Emocionada, a viúva do militar, Cláudia Noval, não conseguiu falar com o g1. Eles estavam casados há nove anos.
A irmã do militar, Valéria Noval, ouvida pelo g1, também estava muito abalada.
“Meu irmão era um homem bom, poeta, direito, com decência, senso de família…é uma perda muito grande para todos. É mais um na lista de tantos. Nós ficamos refém dos bandidos. Hoje você não pode andar mais livremente”.
“Meu irmão, infelizmente, é mais um na lista de tantos militares que dedicaram sua vida para o trabalho com excelência, com dedicação, e acabaram perdendo suas vidas. E agora fica sem explicação”, lamentou Valéria.
A irmã também contou que surgiram alguns questionamentos diante de imagens que circularam nas redes sociais de três pessoas sendo conduzidas para a delegacia na noite do crime.
“Eu preciso desse motivo, preciso desse esclarecimento, porque se o batalhão prendeu, no mínimo eles tinham indícios que eram eles, então acho que no mínimo deveriam ficar presos para ser investigado”, completou.
A Polícia Civil de Cabo Frio disse que as três pessoas que aparecem nas imagens sendo conduzidas à delegacia são testemunhas do fato e foram ouvidas. Todas as imagens do crime foram analisadas de forma minuciosa, ainda segundo a polícia.
A investigação segue em sigilo, mas a Polícia Civil pediu à Justiça a prisão cautelar de um suspeito do crime.