Além das ações de combate e prevenção à malária, os profissionais de saúde realizaram uma campanha antirrábica além da distribuição e instalação de mosquiteiros. Profissionais visitaram os moradores das comunidades atendidas pela ação
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Durante dez dias, uma série de ações de combate e prevenção à malária foram realizadas nas comunidades quilombolas da região do Alto Trombetas, em Oriximiná, oeste do Pará. Os trabalhos, realizados pelo setor de endemias, iniciaram dia 5 e finalizaram na sexta-feira (14). Os serviços oferecidos aos moradores incluíram diagnóstico, tratamento imediato e medidas preventivas para a eliminação da malária.
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Edmundo Barbosa, coordenador do projeto, informou que, desde 2010, não havia sido realizado um controle tão intensivo de prevenção à malária no Alto Trombetas.
“Em 2022, iniciamos uma ação em três ciclos, a cada três meses, e em 2023, conseguimos zerar o número de casos na região. Esse resultado mostra a eficácia do nosso serviço em parceria com a SESPA e o apoio da prefeitura de Oriximiná.”
Ainda de acordo com o coordenador, já faz um ano que não se registra nenhum caso de malária na região desde que as ações de combate à malária foram intensificadas, iniciadas em 2010, quando o controle da doença estava inativo.
“Mesmo com o número de casos zerados em algumas áreas, precisamos continuar dando assistência, especialmente em áreas malarígenas e de difícil acesso. A maioria dos casos hoje, em 2024, está em áreas indígenas, o que exige uma ação integrada com a saúde indígena e a colaboração de todos”, explicou Edmundo.
Agente de saúde instalado mosquiteiro para os moradores
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Segundo o Setor de Endemias, nesta ação foram realizados testes rápidos, ajudando no diagnóstico precoce e tratamento imediato dos casos de malária, evitando a propagação da doença.
Mosquiteiros foram distribuídos e instalados em todas as residências das comunidades, com um foco especial em Cachoeira Porteira, a porta de entrada para os indígenas. A utilização de mosquiteiros é uma medida eficaz na prevenção de picadas do mosquito Anopheles, transmissor da malária.
Além disso, os profissionais de saúde realizaram trabalhos de borrifação em todas as casas para eliminar os mosquitos transmissores que se escondem em portas, paredes e pisos.
A prevenção à malária na região não foi a única ação dos agentes de endemias, que aproveitaram para fazer uma campanha de vacinação antirrábica, vacinando cães e gatos nas comunidades atendidas.
Durante a ação contra malária, cães e gatos também recebem uma atenção especial com vacinação antirrábica
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Além das ações imediatas, a região dispõe de Unidades de Diagnóstico e Tratamento (UDTs) instaladas em diversas comunidades, como Cachoeira Porteira, Tapagem e Paraná do Abuí, além do laboratório do Hospital de Porto Trombetas, que presta assistência às comunidades próximas.
O objetivo é eliminar a malária na região do Alto Trombetas até 2035. “Vamos intensificar as ações de prevenção e manter a vigilância constante, realizando viagens mensais para orientação e borrifação das residências. Nossa meta é garantir a saúde e segurança de todas as comunidades da região”, concluiu Edmundo.
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