Cerimônia de posse acontece nesta sexta-feira (8), às 20h, com transmissão ao vivo pela interne. AML foi fundada em 1909 e teve, até hoje, nove mulheres. Conceição Evaristo
Juh Almeida/Reprodução
A escritora e poeta mineira, Conceição Evaristo, será a primeira mulher negra a assumir uma cadeira na Academia Mineira de Letras (AML), desde a fundação da instituição, em 1909. A cerimônia de posse acontece no Dia Internacional da Mulher, apenas para convidados, nesta sexta-feira (8), a partir das 20h, em Belo Horizonte. Haverá transmissão ao vivo, para todo o Brasil, no Youtube.
A primeira mulher negra a assumir uma cadeira na Academia Mineira de Letras (AML) é a escritora e poetisa Conceição Evaristo. A instituição foi fundada em 1909 e teve, até hoje, nove mulheres.
A cerimônia de posse acontece no Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira (8), às 20h, apenas para convidados, na AML, no Centro de Belo Horizonte. O evento será transmitido ao vivo pela internet.
Conceição Evaristo é natural de Belo Horizonte e vai ocupar a 40ª cadeira da AML. A autora produziu livros com poemas, contos e romances – boa parte das obras foi traduzida para o inglês, francês, árabe, espanhol, eslovaco e italiano.
Conceição Evaristo
Juh Almeida/Acervo
História
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em BH, em 1946, e cresceu na favela do Pindura Saia, na Região Centro-Sul da capital.
A primeira publicação da escritora foi em 1990, na série Cadernos Negros, antologia coordenada pelo grupo Quilombhoje, coletivo de escritores afro-brasileiros de São Paulo.
As primeiras obras individuais foram Ponciá Vicêncio (2003) e Becos da Memória (2006). Em seguida, vieram Poemas da Recordação e outros movimentos (2008) e Insubmissas lágrimas de mulheres (2011).
Escritora Conceição Evaristo
Literafro/UFMG
Participações internacionais
Cadernos Negros (Quilombhoje, 1990);
Schwarze prosa e Schwarze poesie, (Alemanha, 1993);
Moving beyond boundaries: international dimension of black women’s writing (1995);
Women righting – Afro-brazilian Women’s Short Fiction, (Inglaterra, 2005);
Finally Us: contemporary black brazilian women writers (1995);
Fourteen female voices from Brazil, (Estados Unidos, 2002);
Chimurenga People (África do Sul, 2007), Callaloo, vols 18 e 30 (1995, 2008), entre outras.
Além das obras publicadas, Conceição coleciona prêmios de reconhecimento, como Prêmio Jabuti, em 2015, na categoria de contos e crônicas, pelo livro Olhos D’água. Já em 2017, ela recebeu o Prêmio Cláudia na categoria Cultura e, em 2018, o Prêmio Revista Bravo na categoria Destaque.
Em 2019, a escritora também foi homenageada no 61° Prêmio Jabuti como personalidade literária. Em 2023, foi agraciada com o Prêmio Juca Pato como Intelectual do Ano e beneficiada com o prêmio Elo no Festival Internacional das Artes de Língua Portuguesa.
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