24 de setembro de 2024

Condutor de transporte escolar carrega alunos no ombro devido seca que afeta o Rio Tapajós; VÍDEO

A crise hídrica afetou tanto o transporte fluvial, que muitas embarcações não conseguem mais alcançar as margens devido ao recuo das águas. Em alguns trechos da orla de Santarém, embarcações estão ancorando até 30 metros de distância do cais
Manoel Batista
A seca extrema que atinge o Rio Tapajós tem trazido desafios para serviços essenciais na região, como o transporte escolar. Na comunidade de Boim, situada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, em Santarém, no oeste do Pará, Lucenildo Lameira, colaborador da prefeitura, enfrentou dificuldades ao transportar alunos da comunidade de São Tomé para a escola.
Condutor escolar carrega alunos no ombro para chegarem na escola de comunidade em Santarém
Em um vídeo, Lucenildo narra as condições críticas impostas pela seca enquanto carrega um aluno no ombro. “Tá sendo impossível vir de condução pra escola”, disse.
A crise hídrica afetou tanto o transporte fluvial, que muitas embarcações não conseguem mais alcançar as margens devido ao recuo das águas, o que obrigou Lucenildo e outros condutores a fazerem esforço físico para garantir que os alunos não percam aula. “Tem mais de 13 lá atrás… vou tentar tirar todos”, contou.
A Defesa Civil Municipal informou que Boim conta com um microssistema de abastecimento de água, mas aguarda auxílio dos governos estadual e federal com ajuda humanitária para enfrentar a situação crítica. Nesta terça-feira (24) o nível do Rio Tapajós está 1,12, conforme o boletim da Defesa Civil.
Em Santarém, nas 192 comunidades ribeirinhas afetadas pela seca até esta terça (24), há 9.252 famílias afetadas pela seca severa. Todas essas famílias estão cadastradas pela Defesa Civil para receber ajuda humanitária.
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