23 de setembro de 2024

Conheça atrações turísticas desenvolvidas em territórios de 19 povos indígenas em MT

O mapamento mostrou que as principais atividades turísticas nas aldeias incluem pesca esportiva, ecoturismo, turismo cultural, etnoturismo e observação de pássaros. As principais atividades turísticas nas aldeias incluem pesca esportiva, ecoturismo, turismo cultural, etnoturismo e birdwatching
Marcos Vergueiro | Secom-MT
Cerca de 19 povos indígenas de Mato Grosso desenvolvem atividades turísticas em seus respectivos territórios, segundo o mapeamento do etnoturismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que divulgado na última quarta-feira (4), durante uma reunião da Câmara Setorial Temática das Causas Indígenas da Assembleia Legislativa.
O mapeamento mostrou que as principais atividades turísticas nas aldeias incluem pesca esportiva, ecoturismo, turismo cultural, etnoturismo e birdwatching – observação de pássaros.
Além da apresentação, durante a reunião, também foram discutidas ações para promover o desenvolvimento do etnoturismo em Mato Grosso.
De acordo com o secretário adjunto de Turismo, Felipe Wellaton, obter o Plano de Visitação junto à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), conforme exigido uma instrução normativa do órgão, tem sido um desafio.
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A aprovação é necessária para regularizar a visitação com objetivos turísticos em terras indígenas. No entanto, o secretário mencionou que há uma considerável demora, levando algumas comunidades a continuarem operando no turismo de forma irregular.
Segundo a Sedec, sete aldeias localizadas nos municípios de Alta Floresta, Gaúcha do Norte, Querência, Matupá e Peixoto de Azevedo possuem o plano de visitação aprovado e estão regularizadas.
Além disso, outras oito aldeias possuem o plano de visitação, mas ainda não passaram pelo processo de renovação, e mais seis aldeias já solicitaram o plano de visitação e aguardam a aprovação dos projetos pela Funai.
Os povos envolvidos nas atividades turísticas no estado incluem: Apiaka, Aweti, Bakairi, Cinta-larga, Enawene Nawe, Haliti, Ikpeng, Kalapalo, Kamayurá, Karajá, Kawaiwete, Kuikuro, Mebengokre, Nafukua, Paresi, Wuajá (Wauará), Xavante, Kayabi e Yawalapiti. Confira abaixo as principais características de cada etnia e em qual município eles são locados:
Apiaka
Local: Apiaka do Pontal e Isolados, em Juara, a 690 km de Cuiabá.
Atividade turística: pesca esportiva
Aweti, Kalapalo e Nafukua
Local: Parque Indígena do Xingu, em Canarana, a 838 km de Cuiabá.
Atividade turística: etnoturismo e ecoturismo
Haliti e Paresi
Local: Utiariti, em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá.
Atividade turística: Etnoturismo, turismo cultural indígena de vivência.
Ikpeng
Local: Parque Indígena do Xingu, em Canarana.
Atividade turística: etnoturismo e ecoturismo
Kamayurá
Local: Parque Indígena do Xingu, em Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá
Atividade turística: etnoturismo associado às atividades de caminhadas, trilha, escalada e culinária, assim como turismo de pesca esportiva.
Kawaiwete
Local: Parque Indígena do Xingu, em Alta Floresta
Atividade turística: etnoturismo associado às atividades de caminhadas, trilha, escalada e culinária, assim como turismo de pesca esportiva.
Kuikuro
Local: Parque Indígena do Xingu, em Querência, a 912 km de Cuiabá.
Atividade turística: ecoturismo, etnoturismo, vivência indígena e pesca esportiva sustentável.
Mebengokre
Local: Menkragnoti, em Matupá e Peixoto de Azevedo, a 696 e 692 km de Cuiabá, respectivamente.
Atividade turística: etnoturismo e pesca esportiva
Kayabi
Local: Aldeia Mayrowi, em Apiacás, 1.005 km de Cuiabá.
Atividade turística: vivência e observação da natureza e sítios arqueológicos
Yawalapiti
Local: Parque Indígena do Xingu, em Gaúcha do Norte, a 595 km de Cuiabá.
Atividade turística: ecoturismo, pesca esportiva
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o turismo é uma das áreas nas quais o Governo de Mato Grosso está investindo como alternativa econômica ao agronegócio.
“É uma indústria limpa, verde, que traz sustentabilidade, especialmente o turismo nas aldeias, agregando mais recursos para os nossos indígenas, dando mais autonomia e recursos”, disse.

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