Com uma trajetória marcada por dedicação e paixão, juiz-forana de 32 anos da vida à personagem Cacá na nova novela das 7 da Rede Globo, que estreia nesta segunda-feira (30). Pri Helena dá vida à personagem Cacá na nova novela das sete, ‘Volta por Cima’
Arquivo Pessoal
A atriz Pri Helena, de 32 anos, começou a se aventurar na arte aos 11, ao ingressar em um projeto social de teatro em Juiz de Fora. Aos 16, já fazia parte de uma companhia e foi descobrindo cada vez mais que o lugar era no palco.
“Participei de vários grupos, me formei em comunicação social e fiz pós-graduação em artes cênicas no Rio”, contou ela.
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A mineira vai interpretar Cacá na nova novela das 7, ‘Volta por Cima’, escrita por Claudia Souto, que estreia nesta segunda-feira (30).
“A personagem foi um presente. Ela traz várias camadas humanas e estabelece relações com o elenco”.
Embora não possa revelar muitos detalhes sobre a trama, ela acredita que “a novela vai conquistar o público com esse elenco tão talentoso e diverso”.
‘Acontece quando tem que acontecer’
Nos últimos anos, Pri Helena tem conquistado papeis em trabalhos maiores, mas lembra com orgulho que esse resultado é fruto de uma trajetória de muito esforço.
“Mudei-me para o Rio de Janeiro em 2017 para estudar teatro. O palco é de onde vem minha bagagem artística. Na verdade, toda a minha vida vem do teatro, até minha monografia da faculdade”, explicou.
Atriz começou a carreia no teatro em Juiz de Fora
Arquivo Pessoal
Em busca de novas oportunidades, Pri começou a fazer pequenas apresentações, mas decidiu ir além.
“Criei, com amigas, o coletivo audiovisual ‘Grilla’, onde idealizamos e executamos projetos artísticos”.
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Foi através do ‘Grilla’ que ela conseguiu uma das maiores oportunidades da carreira: o papel de Zezé no longa ‘Ainda Estou Aqui’, dirigido por Walter Salles.
“Quando conseguimos transitar por esses campos, acho que tudo acontece no momento certo. Fiz muitas peças, mas demorei a conseguir grandes projetos”.
Filme ‘Ainda estou aqui’
Durante a pandemia, Pri voltou para Juiz de Fora. Na ocasião, uma produtora de elenco assistiu à cena dela do curta ‘Cyclone’, do coletivo Grilla, e a inscreveu no cadastro da Globo, sem ela saber.
“Em 2023, eu estava na roça e recebi uma mensagem de uma produtora de elenco que me convidou para gravar uma cena. Quinze dias depois, fui chamada para um teste presencial. Dez dias depois, estava na praia com minha família quando soube que havia conquistado o papel. Foi muita emoção. Todo mundo chorou comigo”, lembrou.
O papel era de Zezé, empregada de Eunice, interpretada por Fernanda Torres.
Pri Helena com o elenco de ‘Ainda estou aqui’ no Festival de Cinema de Veneza
Divulgação
“Quando fui gravar, eu pensava: ‘Como vim parar aqui?’. Eu era dirigida por Walter Salles e dividia a cena com Fernanda Torres e Selton Mello, grandes atores que foram muito gentis comigo. A maior sorte para qualquer artista é encontrar bons atores que são boas pessoas”.
O filme disputou o Leão de Ouro, o principal prêmio do Festival de Cinema de Veneza, sendo ovacionado por 10 minutos. A produção concorre a uma vaga para representar o Brasil no Oscar 2025 e chega aos cinemas em novembro.
‘Aqui é o meu lugar’
Refletindo sobre a trajetória dela, Pri relembra a garota do projeto social que um dia assistiu a uma peça gratuita e decidiu que aquele era o caminho.
“Estou aqui porque tenho que estar aqui. É o meu lugar. Respeito muito a arte e o meu percurso. Só cheguei até aqui porque trabalhei muito e fui contemplada por pessoas maravilhosas. Tudo só é possível porque sempre acreditei no trabalho coletivo”.
Ela reforça que a jornada tem sido um presente: “Não sou herdeira, sou do corre. Foi muita disciplina e muito trabalho. Existe a disciplina da paixão”, finalizou.
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