16 de janeiro de 2025

Construído na Segunda Guerra, abrigo antibombas do Edifício Acaiaca está aberto ao público; veja como visitar


Espaço em um dos edifícios mais emblemáticos de Belo Horizonte vai receber visitas de quarta a domingo. Construção era prevista por lei na época da construção do prédio, em 1943, por causa da Segunda Guerra Mundial. Conheça o abrigo antiaéreo do Edifício Acaiaca, em BH
Localizado no subsolo do icônico Edifício Acaiaca, o bunker — ou abrigo antiaéreo ou antibombas — do prédio passará a receber visitas a partir desta quinta-feira (16).
O espaço, construído na Segunda Guerra Mundial, vai receber visitas sempre entre quartas e domingos, das 16h30 às 19h30. Os ingressos custam a partir de R$ 25 e podem ser adquiridos pela Internet.
Criação de espaços como estes fazia parte da legislação federal da época, que tinha o objetivo de proteger a população de possíveis ataques aéreos. O Acaiaca foi construído em 1943. A Segunda Guerra Mundial aconteceu entre 1939 e 1945. (leia mais abaixo)
LEIA TAMBÉM: Conheça o abrigo antiaéreo do Edifício Acaiaca
Além das visitas ao abrigo, os interessados também podem adquirir o combo, que também dá acesso ao Mirante Acaiaca, localizado no topo do edifício, com restaurante, exposição e vista privilegiada do Centro da capital.
O bunker conta com visitas guiadas de hora em hora: 16h30, 17h30 e 18h30. Além dos itens históricos, o espaço também contou com intervenções artísticas que ambientam a época da Segunda Guerra Mundial.
A administração do edifício disse que as visitas vão proporcionar “uma verdadeira viagem no tempo”, transformando um dos espaços mais enigmáticos do prédio em uma “experiência que mistura curiosidades, cultura e o charme único do Acaiaca”.
Abrigo antibombas no subsolo do Edifício Acaiaca, em Belo Horizonte.
Ataliba Coelho/Divulgação
Bunker no subsolo do Edifício Acaiaca, em Belo Horizonte.
Ataliba Coelho/Divulgação
Construído na Segunda Guerra Mundial
Na época da construção do prédio, na década de 1940, as edificações precisavam seguir algumas regras. Entre elas, a inclusão de um abrigo antiaéreo, já que o mundo passava pela Segunda Guerra Mundial.
“Era um decreto do presidente Getúlio Vargas. Na época, prédios de uma determinada altura eram obrigados a ter um abrigo antiaéreo e o Acaiaca, que aprovou a planta no início dos anos 40, se enquadrava nessa altura e ele foi projetado”, explicou Antônio Rocha Miranda, atual síndico do prédio e autor do livro ‘Edifício Acaiaca: O colosso humano e concreto’.
Oitenta anos depois, a administração do prédio restaurou o espaço, no intuito de transformá-lo em uma atração histórica e cultural para o Centro de Belo Horizonte, de visitação aberta ao público.
Abrigo antiaéreo em 2022 e como ele ficou depois da restauração.
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História do bunker
Apesar de a planta ter sido aprovada e a obra iniciada em 1943, o Acaiaca só foi inaugurado em 1947, sem que o abrigo antiaéreo fosse usado, já que o Brasil não foi atacado na guerra.
O abrigo foi transformado em depósito e, ao longo dos anos, também chegou a dar espaço a uma cantina e ao sistema de telefonia do prédio.
Abrigo antiaéreo do Edifício Acaiaca em 2023, ainda como um depósito.
Frederico D’Ávila/TV Globo
A administração decidiu restaurar o espaço, resgatando o projeto original, que incluía paredes de concreto maciço, quatro células de capacidade total para 200 pessoas, uma sala anticâmara para descontaminação e uma saída de emergência — posteriormente bloqueada pelas salas do Cine Acaiaca.
O arquiteto Alexandre Fraga destacou a reconstituição da estrutura, incluindo a recuperação de exaustores e de um sirene de alerta.
O projeto arquitetônico original será doado para o Arquivo Público, com uma cópia exposta no local.
Projeto arquitetônico restaurado do abrigo antiaéreo.
Rodrigo Salgado/g1
Icônica fachada do Edifício Acaiaca, no Centro de Belo Horizonte
Frederico D’Ávila/TV Globo
Sirene de alarme no abrigo antibombas, em 2023.
Frederico D’Ávila/TV Globo
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