11 de janeiro de 2025

Consultor de diversidade fala sobre trabalho com elenco de ‘Priscilla, a Rainha do Deserto’: ‘Tema caro e delicado para a sociedade’

JP Polo, de Jundiaí (SP), é consultor de diversidade, equidade e inclusão no clássico. Reynaldo Gianecchini, Diego Martins e Valenttino protagonizam a apresentação, agora, em formato teatral. Hugo Weaving, Terence Stamp e Guy Pearce estrelam “Priscilla, a Rainha do Deserto”, de Stephan Elliott
Divulgação
A comunidade LGBTQIA+ possui um forte legado cultural. Na dança, com o vogue, estilo popular na década de 1990, e o ballroom, movimento artístico americano. Na música, os sucessos dos ídolos Elton John e Ney Matogrosso ecoam entre gerações. Já nas “telonas”, é impossível não se lembrar do clássico “Priscilla, a Rainha do Deserto”.
Vencedor do Oscar, na categoria melhor figurino, o filme retrata as noites artísticas das drag queens Mitzi, Felícia e Bernadette em um hotel do deserto australiano. Agora, o enredo é adptado e chega aos teatros brasileiros com um elenco nacionalmente conhecido.
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Quem integra o time da produção é o palestrante e jornalista JP Polo, de Jundiaí (SP), que terá um papel crucial para que tudo ocorra da forma planejada: promover a diversidade, equidade e inclusão, por meio de consultorias com os atores da peça.
JP Polo é jornalista, palestrante e consultor de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I)
Arquivo pessoal
O profissional, que também é autor do livro “Diversidade, Inclusão e suas Dimensões”, admite que o ramo é um desafio. Para ele, é imprescindível ampliar a visão das pessoas sobre grupos marginalizados da sociedade.
“Desde que me formei, nunca imaginei que a consultoria [de diversidade] seria uma profissão. Mesmo me reconhecendo como homossexual, passei um bom período sem ter conhecimentos aprofundados sobre as pautas LGBTQIA+. Hoje, trabalhar nesta área tem sido cada vez mais concorrido”, destaca.
Ao g1, JP revela que a peça teatral, que estreia em junho – mês do orgulho LGBTQIA+ -, é milimetricamente idealizada por pessoas da comunidade. Para alcançar êxito, a criação de espaços acolhedores para todos é um passo fundamental na hora da produção.
“Priscilla marcou muito a década de 1990. Na época, não se falava sobre este tipo de assunto. É extremamente importante criar produtos e serviços diferentes, confortáveis para o próximo. A consultoria é um suporte para não admitirmos erros e preconceitos. Não há quem faça investimento nisso no teatro, então, queremos deixar um legado”, explica JP.
JP acredita que é necessário reforçar a importância da pauta LGBTQIA+ todos os dias
Arquivo pessoal
Ao decorrer das gerações, a demanda social para assuntos de gênero cada vez mais importante. JP comenta que espera que a perspectiva do grande mercado da arte mude perante os avanços sociais.
“Muitas das vezes, as pessoas não têm conhecimentos dos direitos e conceitos. Por isso, devemos sempre reforçar a importância de pautas como essa. Nós vivemos e somos felicidades todos os dias, não apenas em junho, que é o mês do orgulho LGBTQIA+. Hoje, a geração Z, também não quer ficar para trás. É um tema caro e delicado para a sociedade”, finaliza.
O espetáculo
Com Mariano Detry na direção e Matt Kinley na cenografia, “Priscilla, a Rainha do Deserto” chega aos teatros com uma nova versão em formato adaptado.
O musical, que será apresentado no Teatro Bradesco, em São Paulo (SP), é protagonizada pelos atores Reynaldo Gianecchini, Diego Martins, Valenttino e Wallie Ruy.
Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos neste link.
*Colaborou sob supervisão de Matheus Arruda
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